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    03-08-2013

    MP 621/2013

    Conselhos de Medicina repudiam a xenofobia e condenam acordos que permitem práticas de regimes autoritários

    O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) reafirmaram, nesta quarta-feira (21), suas críticas ao Programa “Mais Médicos”, que “tem se configurado como um instrumento de agressão à legislação brasileira e à democracia“. Em nota, as entidades alertam a sociedade e a Justiça contra os abusos praticados no âmbito do Programa, que “incluem o desrespeito à lei que exige validação de diplomas obtidos no exterior, a precarização das relações de trabalho, a existência de situações análogas à semiescravidão entre médicos e o descaso na montagem de uma rede de atendimento que seja eficaz e eficiente”.

    Os Conselhos de Medicina esclareceram também que repudiam “atos de xenofobia e preconceito em qualquer situação” e reforçaram que o debate deve ser ancorado em dois aspectos principais, sendo o primeiro deles a ausência de comprovação da competência técnica dos profissionais formados no exterior. No caso especifico dos cubanos, os Conselhos chamam a atenção para a existência de acordos firmados pelo Governo brasileiro e que permitem a prática de regras comuns aos regimes ditatoriais e autoritários no Brasil.

    No documento, os Conselhos de Medicina ainda orientam os médicos brasileiros sobre procedimentos que devem ser adotados no exercício de sua função. “Sempre que procurados devem prestar atendimento aos pacientes com complicações decorrentes de atendimentos realizados por médicos estrangeiros contratados sem a revalidação de seus diplomas”. Além disso, reforçam que todo o trabalho deve ser realizado com dedicação, usando o melhor do conhecimento e todos os recursos disponíveis em benefício do paciente. 

    Os Conselhos esclareceram também que continuarão cumprindo a legislação, sem, no entanto, abandonar a busca do convencimento dos parlamentares durante o processo de discussão da MP 621 no Congresso, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Reafirmam, ainda, que manterão seu papel legítimo de agente fiscalizador da assistência em saúde, exigindo que Governo ofereça as condições de atendimento com qualidade em todo o território nacional, com a adoção de medidas estruturantes - capazes de resolver o problema da falta de acesso à assistência – ao invés de recorrer às ações paliativas, midiáticas e eleitoreiras.

     

    LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

      

    NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE

    Brasília, 28 de agosto de 2013.

    Com relação às ações previstas pela MP 621/2013, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) oferecem os seguintes esclarecimentos à sociedade e orientam os médicos brasileiros sobre procedimentos que devem ser adotados no exercício de sua função:

    1.    Os médicos brasileiros sempre que procurados devem prestar atendimento aos pacientes com complicações decorrentes de atendimentos realizados por médicos estrangeiros contratados sem a revalidação de seus diplomas;

    2.    Todo o trabalho deve ser realizado com dedicação, usando o melhor do conhecimento e todos os recursos disponíveis em benefício do paciente;

    3.    Este tipo de atendimento deve ser documentado em relatório detalhado, o qual será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina do Estado onde aconteceu o incidente para adoção de medidas cabíveis junto às autoridades.

    De forma conjunta, as entidades reiteram ainda suas críticas à MP 621, a qual tem se configurado como um instrumento de agressão à legislação brasileira e à democracia. Sendo assim, o CFM e o CRMs ressaltam que:

    a)    Continuarão a cumprir a legislação – como sempre tem feito -, sem, no entanto, abandonar a busca do convencimento dos parlamentares durante o processo de discussão dessa Medida Provisória no Congresso, do Ministério Público e do Poder Judiciário;

    b)    Manterão seu papel legítimo de agente fiscalizador da assistência em saúde, exigindo que Governo ofereça as condições de atendimento com qualidade em todo o território nacional, com a adoção de medidas estruturantes - capazes de resolver o problema da falta de acesso à assistência – ao invés de recorrer às ações paliativas, midiáticas e eleitoreiras;

    c)    Alertarão à sociedade e à Justiça contra abusos praticados no âmbito do Programa Mais Médicos; que incluem o desrespeito à lei que exige validação de diplomas obtidos no exterior; a precarização das relações de trabalho; a existência de situações análogas à semiescravidão entre médicos; e o descaso na montagem de uma rede de atendimento que seja eficaz e eficiente.

    Os Conselhos de Medicina repudiam atos de xenofobia e preconceito em qualquer situação. O debate que se impõe deve ser ancorado em dois aspectos principais: primeiro, a ausência de comprovação da competência técnica dos profissionais formados no exterior e, no caso especifico dos cubanos, na existência de acordos firmados pelo Governo brasileiro e que permitem em nosso país a prática de regras comuns aos regimes ditatoriais e autoritários, que fazem uso da coerção e limitação aos direitos individuais e humanos aos seus cidadãos.

    Finalmente, o CFM e os CRMs alertam que a falta de transparência e a ausência de debates com os diversos segmentos – práticas adotadas pelo Governo Federal – remetem ao autoritarismo que prejudica o Estado democrático de direito. 

    CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)

    CONSELHOS REGIONAIS DE MEDICINA (CRMs)

     

     

     

    Tags: ConselhosMedicinaCRMsCFMrepudiampreconceitoxenofobiaacordosregimesautóritáriosmais.

    Veja os comentários desta matéria


    As pessoas que são contra a posição dos CRMs e do CFM não se deram conta de que falta de tudo nestes postos de doença: água, papel, sabão, remédios, macas, seringas...e que um cubano ou um brasileiro em um lugar desse não faz a menor diferença: um indivíduo com apendicite aguda vai morrer na mão de qualquer um, cubano, brasileiro, ou europeu - pois médicos não são mágicos!
    Sonia Regina Rocha Rodrigues
    Lamentável a posição do CFM e dos CRMs. Como o Brasil foi o último pais a abolir a escravidão - recentemente libertaram as empregadas domésticas - acusar de semiescravidão a forma voluntária, compactuada entre Estados independentes e a OPA-OMS para a vinda de médicos cubanos é paradoxal. Hipocritamente, ignoram o comportamento escandaloso dos médicos que comparecem aos locais de trabalho, batem o ponto e vão atender nos seus consultórios particulares. Afirmam que vão fiscalizar o trabalho dos cubanos e ensejam aos médicos brasileiros que atendem os erros dos médicos estrangeiros. Nenhuma palavra sobre a pletora de erros que os médicos brasileiros malformados e desatualizados cometem todos os dias! Falam que são contra a xenofobia e a nota só ressalta os cubanos. Que as elites econômicas sejam reacionárias e preconceituosas, tudo bem. Mas os médicos que tem uma tradição milenar de benemerência ajam da mesma, só constatei no Brasil, país que adoro e adotei voluntariamente para viver.
    Carl Brown
    Temos orgulho de pertencer a uma categoria profissional que preza, acima de tudo, a defesa da vida sem distinção de raça, cor e credo; que trata de criminosos condenados pobres, ricos ou qualquer outro, até de vis políticos. Apesar do pouco que se tem, que o Estado nos propiciou, fizemos e continuamos a fazer muito!!!!!!!!! Minha esposa, como pediatra em São José do Rio Preto, ganhava 2 mil reais por mês, e nem por isso deixou de exercer com maestria sua arte médica. Seus milhares de pacientes podem atestar com unanimidade, sua humanidade e prazer de servir. O médico brasileiro é um guerreiro contra a miséria, injustiça, desumanidade, desvios de verbas públicas e privadas, que usa até seu próprio carro como ambulância em inúmeras situações, comprando por vezes remédios com seu próprio salário para atender os mais necessitados. Minha esposa, trabalhando no PSF de Araraquara, andava com carros que a porta caia no meio da estrada, do assentamento que ela visitava.
    Luiz Lindquist
    Concordo totalmente com a nota, pois a nossa força deve ser direcionada a quem provocou esta situação esdrúxula e não aos fracos estrangeiros que tiveram que se submeter a toda essa situação.
    Marilia Daher

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