Repercussão

Médicos protestam contra medida do governo em redes sociais e canais interativos

O anúncio do governo federal  de que irá permitir a entrada de médicos estrangeiros no Brasil, incialmente 6.000 profissionais cubanos, vem gerando fortes protestos por parte dos médicos do país e suas entidades representativas.

Praticamente todas as entidades médicas brasileiras reagiram veementemente ao anúncio.  Em resposta à nota de repúdio do Cremesp, a entidade recebeu inúmeras manifestações de profissionais por e-mail, redes sociais e outros canais interativos. Com classificações à medida como “criminosa”, “ilegal”, “irresponsável” e “eleitoreira”, muitos médicos  vem sugerindo ações coletivas de protesto e até mesmo uma “greve geral” , o que demonstra que a categoria está indignada e não aceita tal descalabro. Também estão circulando nas redes sociais algumas petições e abaixos-assinados contrários à proposta.         

O presidente do Cremesp, Renato Azevedo, informou que as entidades médicas estão unidas o suficiente para lutar contra o que ele considera “uma afronta aos médicos, à medicina e à população brasileira”. Segundo Azevedo, no momento ainda não é possível tomar medidas judiciais, pois trata-se de um anúncio de intenção não formalizado, mas  que já estão sendo discutidas e articuladas algumas ações políticas para impedir que a intenção do governo prospere.                   

O presidente do Cremesp destacou que, para atuar no Brasil, o médico formado em outro país precisa se submeter ao Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras, que tem índice de aprovação inferior a 10%. Além disso, precisa estar inscrito no CRM da jurisdição na qual vai atuar. "Qualquer proposta do governo fora dessas regras, além de ser uma ilegalidade, põe em risco a saúde da população brasileira", completou Azevedo.

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