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Notícias
05-03-2013 |
Revista Ser Médico |
Ponto de Partida - Renato Azevedo |
Ao mesmo tempo, autorizam novos cursos e mais vagas de Medicina, sem a mínima qualidade da graduação (que vai de mal a pior, conforme constatou o Exame do Cremesp). Tampouco há vagas de Residência Médica para todos os formados. Além disso, ensaiam afrouxar as regras de revalidação e registro de diplomas estrangeiros, fazendo vistas grossas aos milhares de brasileiros enganados em cursos precários de Medicina na Bolívia, Argentina e Cuba. Em contrapartida, o Cremesp divulgou, em parceria com o CFM, novos resultados da pesquisa Demografia Médica no Brasil, que disponibiliza dados e estatísticas sobre o perfil, a presença e a concentração de médicos no país. A nova pesquisa Cremesp-CFM traz projeções sobre o número de médicos, enfatizando um possível acirramento nas desigualdades de distribuição dos profissionais. O estudo indica também que o principal fator de fixação do médico não é o local de graduação, mas os grandes centros onde estão as oportunidades de emprego, de especialização e de qualidade de vida. Mesmo depois de formados, é expressiva a migração de médicos em direção ao Sudeste e às grandes cidades, que também concentram os demais profissionais da área, dentistas, pessoal de enfermagem, e sediam as principais estruturas e serviços de saúde. Constatamos que o número de médicos especialistas vem aumentando, mas será preciso reduzir o fosso entre esses e os sem título de especialidade. É urgente refletir sobre a valorização e capacitação dos milhares de não titulados, sem perspectivas de cursar Residência Médica, pois não há vagas ou porque já estão há muito tempo no mercado profissional. Renato Azevedo Júnior é presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Texto originalmente publicado na edição nº 62 da Revista Ser Médico (jan/fev/mar 2013) |