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    01-09-2012

    Amaury José Dorini

    Carta à ANS sobre a Medial Saúde/Amil

    Ilmo Sr
    André Longo
    DD Presidente da
    Agência Nacional de Saúde Suplementar
    Avenida Augusto Severo 84, Glória
    20021-040      
    Rio de Janeiro- RJ                                           

    São Paulo, 22 de agosto de 2012

    Ref: Medial Saúde/ Amil

    Prezado Senhores,

    Meu nome é Amaury José Dorini, sou médico dermatologista, residente, domiciliado e exercendo atividade profissional na cidade de São Paulo, SP.

    Há quatro anos (agosto de 2008) contratei o plano de saúde da Medial, hoje incorporada à Amil, na modalidade mais básica possível  ( plano 220E). Na ocasião, minha primeira mensalidade foi no valor de R$ 238,04 (duzentos e trinta e oito reais e quatro centavos). No mês passado, recebi novo carnê de mensalidades com o mais recente reajuste, e na data de 20 de agosto último paguei a primeira delas, no valor de R$ 420,20 (quatrocentos e vinte reais e vinte centavos). Trata- se, portanto, de um aumento de 75,625% no prazo de quatro anos, o que corresponde a um reajuste anual da ordem de 15,266%, reajuste esse absolutamente fora de todo propósito, e contra o qual infelizmente não podemos reclamar, já que é devidamente autorizado e sacramentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

    Como médico, já fui credenciado para atender o plano de saúde em questão até há oito anos, quando abri mão desse credenciamento pois os honorários médicos, já de si irrisórios, eram irregulares, com frequentes atrasos que acabavam prejudicando sobremaneira o credenciado. E ainda hoje sei de colegas que atendem a Medial, e que continuam passando por todas essas dificuldades. Reajustes, quando os há, são ínfimos, e nem de longe acompanham os aplicados às mensalidades dos usuários.

    Se a ANS estivesse voltada aos interesses dos profissionais médicos e da população em geral, como compete a uma agência regulatória de uma república democrática e legítima, só concederia tais reajustes às operadoras de planos de saúde com a condição expressa de que elas os repassem integralmente aos honorários médicos. Lamentavelmente, porém, a ANS, como toda a agência governamental deste nosso país, não está do lado do trabalhador mas sim do lado do poder, defendendo sempre e somente os interesses das grandes operadoras de planos de saúde, que há décadas vêm acumulando lucros exorbitantes às nossas custas.

    Que fique nesta registrada minha profunda indignação para com uma entidade com a qual deveríamos poder contar para defender-nos, e que ao invés disso apenas sacramenta a exploração da população ativa e produtiva por parte de empresas grandes e poderosas só para poder estar sempre em bons termos com as mesmas.

    Cordialmente

    Dr. Amaury José Dorini
    CRM 20446 SP  

            
    cc.
    Jornal O Estado de São Paulo
    Jornal Folha de São Paulo 
    Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
    Revista VEJA

     

    Carta protocolada e recebida pelo Cremesp em 27 de agosto de 2012

     



    Tags: operadoras de saúdeAmilMedial. honoráriosplanos de saúdemensalidadereajuste.

    Veja os comentários desta matéria


    Boa tarde meus colegas, li e estou de pleno acordo com o colega Amaury, a nossa condição frente as operadoras de saúde é de extrema exploração, temos que atender um volume imenso de pacientes, muito corrido no dia a dia, o que é prejudicial à nós como médicos e também a nossos pacientes. Relação médico paciente totalmente degradada.Uma saída seria o médico não atender mais aos planos, ou seja o paciente recolhe um valor de mensalidade referente à hospital e medicações junto ao convênio. Portanto, este valor deve cair, já que o plano diz que o que encarece é o médico. O valor da consulta o paciente pagaria diretamente a nós, com valores mais dignos, volto a dizer o que encarece o plano, não são os valores de honorários médicos, visto o que recebemos e ainda a mesquinharia que pleiteamos.Volto a dizer, se não mudarmos nossa conduta a situação vai piorar, estou feliz com a movimentação do Cremesp, porém apenas a paralisação é pouco, pois o prejuízo até então é nosso.
    Glaucos Ricardo Paraluppi
    Concordo plenamente com o colega Amaury. Quanto à manifestação do colega Carlos Eduardo, discordo com a afirmação de que as empresas estão destruindo a relação médico-paciente. Vejo isso parcialmente, acredito que somos nós médicos que estamos permitindo que tal situação ocorra. Já tive uma pasta diversificada de atendimentos - e o colega não teve esse cuidado. Quando percebi a armadilha fui me afastando dela. Acredito que competência associada a uma relação médico-paciente forte mantêm o profissional vivo e com movimento suficiente para uma vida minimamente decente. Nunca desisti de uma relação médico-paciente forte e os pacientes que acreditam e sabem da importância disso também não desistiram de meu trabalho, muitas vezes até com democrática discussão de honorário em função do momento em que o próprio paciente estava passando. Devemos ter o compromisso de conscientizar a população da importância desse fato, não é aceitando a regra e atendendo mal que vamos resolver o problema.
    Carlos Alberto Pessoa Rosa
    Estou passando pelas mesmas dificuldades as quais o Dr. Amaury está passando. Sou credenciado pela Medial e agora Amil desde 1995. Apesar de várias tentativas de negociar o valor das consultas e da tabela de honorários, a Medial/Amil se nega a negociar. Hoje, esta empresa está aplicando a tabela AMB 90 com CH de 0,20 para qualquer procedimento. Isto inviabilizou qualquer procedimento cirúrgico eletivo de minha parte. Além do mais, como seus clientes representam 80% do volume do meu consultório, simplesmente tive que fechá-lo, pois com todos os gastos entre impostos e manutenção do mesmo, entrei em um período de déficit que perdurou por mais de um ano. Estas empresas estão destruindo a relação médico-paciente e destruindo a qualidade de atendimento aos seus milhões de clientes. A ANS não está cumprindo com seu dever.
    Carlos Eduardo Parra

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