Médicos lotaram o auditório da APM em encontro que reuniu representantes das principais entidades da categoria
Os médicos do Estado de São Paulo vão suspender por 24 horas, em 6 de setembro próximo, o atendimento eletivo aos usuários de planos de saúde, em protesto contra as operadoras que não apresentaram propostas adequadas de reajuste de honorários e dos valores pagos pelos procedimentos. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos aos pacientes. Na véspera, em 5 de setembro, os profissionais farão uma passeata na Capital, que sairá da sede da Associação Paulista de Medicina (APM) seguindo até a Câmara Municipal de São Paulo.
A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (9/08), após avaliação das respostas das empresas às reivindicações da categoria. Para acessar o balanço das negociações com as operadoras clique AQUI.
Além de valores justos às consultas e procedimentos, os médicos pedem a regularização dos contratos firmados com operadoras – com a inclusão de cláusula de reajuste periódico, entre outros – e fim da intervenção na relação entre médico e paciente, da pressão para reduzir exames, internações e para antecipar altas.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em conjunto com as principais entidades médicas estaduais, apoia a mobilização dos médicos e participa da coordenação do movimento. O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, destacou que “nos últimos 10 anos as operadoras aumentaram as mensalidades aos usuários muito acima da inflação do período, enquanto os reajustes dos honorários médicos não chegaram à metade desses índices”. Para o presidente da APM, Florisval Meinão, as negociações tiveram avanços desde que os profissionais que prestam serviços ao setor suplementar iniciaram uma série de mobilizações em todo país no ano passado. “O balanço do movimento é positivo, porém ainda distante do que a categoria está pleiteando para a recuperação dos honorários”.
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Cremesp presente: Renato Azevedo na mesa coordenadora e a conselheira Silvana Morandini na plateia
Além do presidente e dos conselheiros do Cremesp, participaram da reunião que deliberou pela paralisação, representantes das sociedades de especialidades médicas, dos odontologistas, da Associação Paulista de Medicina (APM), da Academia de Medicina de São Paulo, da Federação dos Médicos do Estado de São Paulo (entidade que reúne os sindicatos da categoria no Estado), do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e dos sindicatos regionais, entre outros. Um dos destaques do encontro foi a presença do presidente da Associação Médica Mundial, José Luiz Gomes do Amaral e do deputado federal Eleuses Paiva (PSD- SP). A participação e o apoio de ambos conferiu maior peso à mobilização paulista em prol de melhores honorários.
Pelo Cremesp estiveram presentes no encontro o diretor de Comunicação, João Ladislau Rosa, a tesoureira Silvia Helena Mateus, o diretor de Fiscalização, Ruy Tanigawa, e os conselheiros Kazuo Uemura, Silvana Morandini e Akira Ishida.
Fotos: Osmar Bustos e Beatriz Machado
Tags: Médicos, paralisação, planos, operadoras, saúde, remuneração, honorários, procedimentos.
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