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29-10-2012 |
Apoio ao Exame |
Entidades e personalidades expressam apoio e manifestam o que pensam sobre a iniciativa do Cremesp |
Desde que o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo anunciou, em 24 de julho, a instituição do Exame obrigatório para médicos recém-formados no Estado, o Cremesp recebeu expressivo apoio de personalidades e entidades ligadas à medicina e à sociedade pela iniciativa, pioneira no país. Veja a seguir algumas das manifestações expressas: "Sou a favor do exame do Cremesp e, inclusive, acho que deveríamos implantar a avaliação externa durante o curso, por exemplo, ao final do 2º , 4º e 6º anos. Se no exame, ao final do 2º ano, ficar demonstrada evidência de formação inadequada dos seus alunos, a escola deveria ter o vestibular suspenso no ano seguinte. Teríamos tempo hábil, durante o curso, de corrigir as deficiências demonstradas. A avaliação não deve ser encarada como punição, mas como uma das formas de obrigar a escola a ensinar e os alunos aprender. " Cardiologista, ex-ministro da Saúde e diretor geral do Hospital do Coração. "As características de nossa profissão demandam uma sólida formação técnica e qualidades humanas muito especiais. Com a proliferação de escolas médicas, é imperioso o "controle de qualidade" das escolas médicas e dos profissionais por elas formados. Neste contexto, eu considero que o exame do CREMESP representa uma iniciativa positiva para a melhoria da qualidade da assistência médica em nosso País. No entanto, eu acredito que o exame deveria ter outros desdobramentos, tais como a análise das escolas que tenham uma taxa maior de reprovação, através de medidas integradas com a Associaçã o Brasileira de Ensino Médico e o MEC. Em outras palavras, é importante avaliar o formando e também a escola de onde este provém, para que a questão seja compreendida em toda a sua magnitude. Resumindo, o exame é uma medida positiva, porém são necessárias medidas adicionais. Porém, todos sabemos, tudo na vida começa com um primeiro passo. Creio que o passo inicial foi dado pelo Cremesp". Professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Departamento de Patologia Disciplina Patologia Pulmonar, coordenador de projetos relacionados à toxicidade e poluição. “A FCMSCSP é favorável à Resolução e considera a iniciativa absolutamente positiva. Não podemos perder a capacidade de avaliar o desempenho dos alunos, e o Exame do Cremesp irá proporcionar uma função primordial às escolas médicas, que é a de avaliar a formação e saber se os alunos saem das faculdades com um conhecimento mínimo da profissão”. Diretor do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). "A Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Paulista de Medicina (APM) vêm a público registrar o seu irrestrito apoio à resolução 239/2012 do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que institui o Exame do Cremesp como novo instrumento de avaliação da formação dos profissionais recém-graduados. A grande preocupação das entidades médicas é a qualidade da formação dos médicos nos dias de hoje, especialmente em virtude da constante abertura de novas vagas em escolas de medicina cuja infraestrutura deixa dúvidas quanto à qualidade da formação. O exame será mais uma ferramenta de aferição desta questão, permitindo que seus resultados se tornem subsídios para a tomada de decisões com relação à qualidade da formação do médico no país. É, portanto, uma grande oportunidade de reverter a atual situação e evitar expor a população ao eventual atendimento por médicos de formação duvidosa e suas terríveis consequências. Promovido de maneira facultativa desde 2005, o exame passará a ser realizado por todos os alunos de medicina do Estado de São Paulo ao final do 6º ano do curso, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino. Nestes últimos sete anos, embora com número restrito de estudantes avaliados, os resultados mostraram-se preocupantes, levando o Cremesp a instituir tal obrigatoriedade. A nova resolução já incide sobre os formandos de 2012, para os quais a obtenção do registro no Cremesp somente será possível mediante apresentação de comprovação de realização da prova, independentemente da nota obtida. A AMB e a APM compreendem que a obrigatoriedade do Exame do Cremesp para a obtenção do registro de médico é uma medida imperiosa para salvaguardar a saúde e a vida dos cidadãos brasileiros. Associação Médica Brasileira (AMB) "Ilmo. Sr. Levo a vosso conhecimento que, em 22/08 próximo passado, em reunião da Diretoria Plena desta Sociedade, foi aprovado, por unanimidade, o apoio e divulgação à Resolução CREMESP nº 239/2012 que instituiu o Exame do CREMESP como novo instrumento de avaliação da formação dos profissionais recém-graduados, o chamado 'Exame Obrigatório do CREMESP'. Aproveitamos e enviamos nossas saudações. Atenciosamente, Sociedade de Pediatria de São Paulo, Associação de Pediatria de São Paulo (Departamento de Pediatria da Associação Paulista de Medicina)" "A Sogesp declara apoio total à resolução 239/2012 do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que institui o Exame do Cremesp como novo instrumento de avaliação da formação dos profissionais recém-graduados. Faz anos vemos com preocupação a questão da formação dos médicos, especialmente em virtude da abertura indiscriminada de novas vagas em escolas de medicina cuja infraestrutura deixa dúvidas quanto à qualidade. O Exame do Cremesp será ferramenta importante de aferição da formação, permitindo que seus resultados se tornem subsídios para a tomada de decisões com relação ao ensino médico no país. É, portanto, excelente oportunidade de reverter a atual situação e evitar expor a população ao eventual atendimento qualidade duvidosa e suas terríveis consequências. Promovido de maneira facultativa desde 2005, o exame passará a ser realizado por todos os alunos de medicina do Estado de São Paulo ao final do 6º ano do curso, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino. Nestes últimos sete anos, embora com número restrito de estudantes avaliados, os resultados mostraram-se preocupantes, levando o Cremesp a instituir tal obrigatoriedade. Só a título de exemplo, em 2011, Em 2011, avaliação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo com estudantes do sexto ano de Medicina de várias universidades paulistas atestou que quase 50% deles não sabe interpretar radiografia ou fazer diagnóstico após receber informações dos pacientes. O baixo percentual de acertos em campos essenciais da Medicina, como Saúde Pública (49% de acertos), Obstetrícia (54,1%), Clínica Médica (56,5%) e Pediatria (59,3%) é alarmante. A nova resolução já incide sobre os formandos de 2012, para os quais a obtenção do registro no Cremesp somente será possível mediante apresentação de comprovação de realização da prova, independentemente da nota obtida. A SOGESP compreende que a obrigatoriedade do Exame do Cremesp para a obtenção do registro de médico é fundamental para a segurança dos cidadãos. SOGESP - Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo" "Exames de proficiência são bem-vindos em todas as áreas e não devem ser vistos como obstáculos. Portanto, a iniciativa é digna de aplausos. O Exame certamente irá contribuir para que tenhamos profissionais mais capacitados. Além de estimular investimentos para que os cursos sejam mais bem equipados. A sociedade agradece." O presidente em exercício da OAB SP, Marcos da Costa, disse ser totalmente favorável à obrigatoriedade de os formandos do curso de medicina se submeterem a uma prova de acesso para obterem o registro de médico, conforme instituiu em São Paulo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) pela Resolução 239, de 2012. “Assim como a OAB na década de 70, diante da queda da qualidade do ensino jurídico sentiu necessidade de implantar o Exame de Ordem aos bacharéis em direito para mensurar seu conhecimento, o exame para auferir os conhecimentos dos estudantes de medicina é fundamental para impedir que profissionais sem os necessários conhecimentos médicos ingressem na profissão e coloquem vidas em risco. A OAB SP apoia oficialmente a iniciativa”, afirmou Costa. A medida do Cremesp obriga os estudantes no fim do sexto ano de medicina a passarem pela prova, mas não impede os reprovados de atuar como médicos, pois o Conselho não tem competência nem autonomia para isso. A prova existe há sete anos, e 2012 será o primeiro ano em que a participação deixará de ser voluntária. Criado para avaliar a qualidade do ensino, o exame apontou que, de 2005 a 2011, foram reprovados 46,7% dos 4.821 alunos que se submeteram à avaliação. “O índice de reprovação no Exame, considerando inclusive que até o momento era opcional, evidencia a queda na qualidade dos cursos de medicina, aliada à expansão do número de faculdades que os ofertam está provocando um efeito parecido com o que houve com os cursos de direito, com o perigo de lançar ao mercado cada vez mais profissionais despreparados”, afirmou Costa, que ressaltou já há no Brasil 1.420 cursos jurídicos. O presidente em exercício da OAB SP disse, ainda, que o exame para o curso de medicina deveria ser expandido para o país todo e que é necessário aprovar o Projeto de Lei 217, de 2004, do Senado Federal, que estabelece o Exame Nacional de Habilitação para médicos e o torna condição para exercício da medicina. O presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous considerou “correta e sábia” a decisão do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) de exigir dos formandos de Medicina no Estado realizar prova oral no final do 6º ano do curso com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino. “É preciso que se entenda, de uma vez por todas, que os milhares de cursos superiores das diversas áreas, como Direito, Medicina e outros, em boa parte não oferecem um ensino adequado e vendem ilusões aos bacharéis. Por isso – disse Damous - é preocupante saber que o Congresso Nacional estuda a possibilidade de extinguir o exame da OAB. “Seria uma catástrofe institucional sem precedentes”, afirmou. No Exame da OAB, em média, 80% dos alunos não conseguem aprovação. Já no Exame dos médicos paulistas, 46% dos alunos que fizeram a prova no ano passado foram reprovados. O presidente da Seccional da OAB lembrou que a obtenção de um diploma, nos casos das faculdades que vendem ilusões, não traduz aptidão mínima para o exercício da futura profissão de médico, advogado, engenheiro ou qualquer outra. “Um mau profissional pode causar sérios prejuízos aos cidadãos que os procuram, por força de inaptidão técnica”, destacou Damous. A avaliação dos recém-formados já é aplicada para os formandos de Medicina em São Paulo há sete anos, mas de forma voluntária. Até hoje, 4.821 novos médicos já se submeteram ao exame, que a cada ano demonstra a falta de preparo dos profissionais. Segundo a Cremesp, teve recém-formado que não conseguiu, por exemplo, identificar um quadro de meningite em bebês e também não sabiam que uma febre de quase 40°C pode aumentar o risco de infecções graves em crianças. |