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    19-05-2012

    Honorários médicos

    Levantamento mostra enorme defasagem entre o faturamento das operadoras e o valor da consulta pago aos médicos

    EM NOVE ANOS, FATURAMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE CRESCEU TRÊS VEZES MAIS QUE VALOR MÉDIO DA CONSULTA MÉDICA

    Se o reajuste dos honorários médicos tivesse acompanhado o crescimento econômico do setor a consulta médica valeria hoje R$ 83,40 em média


    Segundo levantamento do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), em nove anos (de 2003 a 2011) os planos médico-hospitalares tiveram 197,8% de crescimento no faturamento em todo o país. A receita anual deste mercado passou de R$ 28 bilhões para R$ 83,4 bilhões no período. O valor médio da consulta médica, no mesmo período, subiu apenas 64,7%. Isso, na média de valores apurada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), segundo dados fornecidos pelas próprias operadoras. 

    A média de R$ 46,12 para a consulta médica em 2011 ficou muito abaixo – pouco além da metade – do mínimo de R$ 80,00 reivindicado pelas entidades médicas.

    Caso tivesse sido aplicado o índice de reajuste dos honorários médicos correspondente ao crescimento econômico do setor, o valor médio da consulta chegaria hoje a R$ 83,40. Em 2012 as entidades médicas têm registros de planos que ainda pagam menos de R$ 30,00 a consulta.

    Cerca de 160 mil médicos que atuam na saúde suplementar no Brasil realizam, por ano, aproximadamente 223 milhões de consultas. Cada usuário de plano de saúde vai à consulta médica em média 5 vezes por ano. Em 2011, 47,6 milhões de brasileiros estavam conveniados a planos de saúde.

    Para o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, “a discrepância demonstra o quanto é inadiável e urgente a edição de uma nova instrução normativa da ANS para regulamentar os contratos entre médicos e planos de saúde. Além da correção da defasagem, daqui em diante os honorários precisam ser reajustados no mínimo anualmente, com índices que reflitam inclusive o crescimento robusto do setor.”

    No dia 25 de abril ocorreu nova mobilização dos médicos que atuam na saúde suplementar. Além de passeatas e atos públicos em vários Estados, as lideranças médicas entregaram à ANS propostas para normatizar a contratação dos profissionais pelas operadoras. Além de reajustes anuais dos valores pagos, foram solicitados parâmetros para fixação de honorários e para o credenciamento/descredenciamento dos médicos pelos planos de saúde. 


    Tabela: Faturamento dos planos de saúde e valor médio da consulta médica

    Faturamento anual dos planos médico-hospitalares (em R$ bilhões)Valor médio pago por uma consulta médica (em R$), segundo a ANS
    200328.028,00*
    200431.630,00*
    200536.431,38
    200642.633,37
    200752.236,91
    200860.740,30
    200965.840,26
    201074.6 42,54
    201183.446,12
    Crescimento (%)197,8%64,7%
    Fonte: ANS
    *Os dados de valor médio da consulta em 2003 e 2004 são das entidades médicas.

    Tags: honorários médicosoperadorasdefasagemconsultavaloresplanos de saúde.

    Veja os comentários desta matéria


    Trabalho na gestão de um plano de saúde e concordo com as alegações descritas. Contudo, é importante que haja um equilíbrio entre a remuneração e o atendimento. Os valores informados realmente são baixos, mas ainda ocorrem muitas consultas de produção (2 a 4 min), e se for analisar o tempo dispensado nestas consultas e o valor pago, começa a ficar bastante proporcional, já que a renda do brasileiro ainda não é tão elevada.
    Cristian Cougo
    Também sou a favor dos colegas: deveriamos fazer o descredenciamento em massa, porque, aos passos que estamos caminhando nas negociações, não vai sobrar um em pé! Já cortei mais de 6 planos de saúde do consultorio, hoje atendo apenas 5; destes não faço mais parto de enfermaria, não faço mais cirurgias ginecológicas e apenas faço parto de apartamento. Em breve acho que, se não houver aumento, vou fechar o consultório depois de 22 anos de trabalho. É muito frustrante! Se ninguém atender, os pacientes serão obrigados a pagar e correr atrás do reembolso que, muitas vezes é bem melhor do que recebemos e, quem sabe assim, teremos mais respeito dos pacientes e do governo!
    rosana zacarias
    Na minha opinião o médico devia dar recibo e o paciente que recebesse o reembolso com sua empresa (porque o médico é quem deve pagar pelo benefício que a empresa dá a seu funcionário?) Desta forma a consulta particular também poderia ter um preço menor, já que a única diferença entre as duas consultas é que o particular não receberia reembolso de ninguém. Também proponho que se fizesse um período de consultório totalmente gratuito, prática comum em cidades do interior, onde, é claro, a população pagante não comparece neste dia, pois ninguém quer aguardar em fila, etc... E os médicos são sempre bem quistos por toda a população, já que realmente atendem a todos.
    Sonia
    Os culpados disso somos nós mesmos que aceitamos trabalhar por miséria. Porque não fazermos um descredenciamento coletivo destes planos de saúde!
    Albertino M. M. Santana
    Existem 2 categorias de honorários médicos: consultas médicas de consultório e todo o resto dos procedimentos médicos. Como consulta é o que chama mais atenção das planilhas e da mídia, esta é muito usada, mas não representa, por exemplo, o trabalho de anestesista, de cirurgião, de endoscopista, de laboratório, de radiologista. A Unimed de Santos, por exemplo, enquanto na lista acima deveria ter dado um aumento de 60 à 190%, simplesmente não praticou um aumento sequer nos últimos 5 anos, com exceção da consulta médica que foi menos do que a acima. Será que daqui a 5 anos o valor será o mesmo? Com essa diferença a Unimed satisfaz 60% da categoria em detrimento de 40%, ou seja cria 2 partidos políticos: 1) Médicos que vivem de consultas e 2) Médicos que não dependem de consulta. A primeira respeitável categoria está muito bem representada na diretoria da famosa Cooperativa Médica.
    Jone Robson de Almeida
    Seria bom que esses valores fossem divulgados a toda população. Outra coisa é a restrição do receituário médico. Todo cidadão tem direito a todos medicamentos; a disposição dele e não somente aquilo que o governo quer dar aos pacientes. Acho que isso é discriminação!!!!!
    ana maria provenza
    Caros colegas, ao meu ver a melhor saída seria acabar com esse negócio de credenciamento, de atender operadora X, Y ou Z. O médico tem que ser livre, assim como paciente ter o direito de escolher seu cuidador. O correto seria o paciente ir até o médico que escolher e seu seguro ou plano reembolsar. É a única forma de acabar com a máfia dos planos que ameaçam descredenciar, etc. E, assim, o paciente também é livre. Afina,l não somos prof. liberais?
    Glaucos Ricardo Paraluppi

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