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10-04-2012 |
Bioética |
Depois de oito anos, recomeçam no STF discussões sobre aborto em anencefalia |
Com cinco votos a favor e um contra, foi suspenso, até esta quinta-feira 12/04, o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir sobre a interrupção da gravidez em casos de anencefalia. Os primeiros cinco ministros votaram a favor. Já o ministro Ricardo Lewandowski, se disse contrário ao aborto nesses casos. Começou nesta quarta, 11/04, em sessão extraordinária no STF, em Brasília (STF), um dos julgamentos mais esperados e debatidos por médicos, pacientes grávidas e seus maridos e entidades religiosas, entre outros: aborto em anencefalia, ou, como prefere o site do Supremo, “a possibilidade legal de antecipação terapêutica de parto nos casos em que fetos apresentem anencefalia”. Tramitando desde 2004, a ação proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) visa “descriminalizar a antecipação do parto” nessa situação específica, para a preservação da “dignidade humana da mãe”, até agora, “obrigada a carregar no ventre um feto que não sobreviverá após o parto”. Aceitando tal argumento, o relator de então, ministro Marco Aurélio de Mello, concedeu liminar autorizando aborto nesses casos, sem a necessidade de autorização judicial, afirmando que, “diante de uma deformação irreversível do feto, há de se lançar mão dos avanços médicos tecnológicos, postos à disposição da humanidade não para simples inserção, no dia a dia, de sentimentos mórbidos, mas justamente, para fazê-los cessar”. Três meses depois a liminar foi derrubada por maioria de votos no próprio Supremo. Atualmente, o aborto nesses casos é avaliado caso a caso pela Justiça. Vigília Em 2008, houve, inclusive, audiência pública no Supremo, que reuniu representantes do governo, especialistas em genética, entidades religiosas e da sociedade civil. Expressaram suas visões representantes de 25 instituições, além de ministros de estado e cientistas, com o objetivo de subsidiar a decisão dos ministros. O principal argumento daqueles que defendem a prática é o de que a gravidez de anencéfalos pode provocar riscos à saúde física e mental da mulher, pois a grande maioria dos fetos morre durante a gravidez ou no pós-parto imediato. Como na época da liminar, entidades contrárias ao aborto buscam hoje exercer pressão sobre os membros daquela Casa: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por exemplo, encaminhou carta a todos seus afiliados, para que seja incentivada entre os fiéis uma vigília de oração pela vida, com a intenção de “rezar em defesa dos indefesos”. “Esperamos que a decisão dos ministros leve em conta não apenas os aspectos médicos e jurídicos, mas também o ético e moral”, afirmou o presidente da CNBB, Raimundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida. Fontes: site do STF; Folha.com, e Arquivos do Centro de Bioética |