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CAPA

EDITORIAL
O melhor da Medicina é a relação médico-paciente


ENTREVISTA
O entrevistado desta edição é Eleuses Vieira de Paiva, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)


EDIÇÃO ESPECIAL 1
A criação da Ordem dos Médicos do Brasil


EDIÇÃO ESPECIAL 2
A posse dos novos membros do Conselho Federal de Medicina


EDIÇÃO ESPECIAL 3
Comemorações do Dia do Médico


EDIÇÃO ESPECIAL 4
Plenárias nacionais pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos


EDIÇÃO ESPECIAL 5
Resultados da plenária dos médicos realizada no dia 21 de outubro, na Capital


GERAL
Faculdade de Medicina de Fernandópolis na mira de alunos e autoridades da região


TESOURARIA - CONQUISTAS
Novas medidas facilitam o pagamento da anuidade


ATUALIZAÇÃO
Acidente Vascular Cerebral


AGENDA
Confira fatos de interesse da classe que ocorreram neste mês de outubro


NOTAS
Alerta Ético, Editais e Convocações


PARECER
Estudo citogenético pré-implantacional


HISTÓRIA
A trajetória do médico e professor Alípio Corrêa Neto


GALERIA DE FOTOS



Edição 206 - 10/2004

EDITORIAL

O melhor da Medicina é a relação médico-paciente


O melhor da Medicina é a relação médico-paciente

“Ser simples é complicado” (Amália Rodrigues)

A Medicina é uma ciência milenar. Em sua história, há registros belíssimos, como o caso das gêmeas guatemaltecas Maria Meresa e Maria de Jesus Quiej-Alvarez, que nasceram unidas pelo pólo cefálico e foram separadas, após 20 horas de cirurgia, por uma equipe de 50 médicos. O mundo inteiro acompanhou com muita emoção esse ato de amor à vida.

A anestesia, o raio-X, os computadores, a ressonância magnética, as vacinas e tantas outras descobertas fizeram da Medicina um campo mágico. Porém, seu fascínio é absolutamente científico. O conhecimento avança rapidamente na área médica. Há cinco décadas, quem poderia imaginar que hoje transplantaríamos órgãos rotineiramente ou combateríamos o câncer com amplas possibilidades de sucesso?

As pesquisas em andamento apontam para perspectivas ainda melhores em assistência à saúde e à vida humana. Enfim, a Medicina felizmente é a arte da superação e da evolução contínua. No seu dia-a-dia, no entanto, nada supera a magnitude da relação médico-paciente. No Brasil, especialmente, é a força desta relação que garante a vitória sobre os inúmeros obstáculos que encontramos diariamente nos sistemas público e privado de saúde.

Em 18 de outubro foi comemorado oficialmente o Dia do Médico. Nós, profissionais da Medicina, temos muitos motivos para comemorar. Particularmente, o apoio de nossos pacientes.

Quem se dedica à Medicina tem consciência de quantos problemas enfrentamos. A começar pelo vestibular, o mais disputado de todos. Depois, são seis anos de graduação, dois a cinco de residência médica e especialização, além de cursos de educação continuada e de capacitação contínua que se estendem para sempre. O médico jamais pára de estudar. Sabe que se não o fizer, será superado pela velocidade dos avanços científicos.

Se fosse só isso, a vida do profissional de Medicina bem que seria simples. O problema é que a saúde no Brasil está bem longe de ser um direito de todos os cidadãos, conforme professa a Constituição Federal. A proliferação irresponsável de escolas médicas, sem critérios que satisfaçam as necessidades sociais, mostra que muita gente enxerga as questões da saúde apenas como negócio.

Todos perdem com isso... Perde o médico que investe uma fortuna nos estudos e não recebe a capacitação desejada e necessária; por outro lado, o sistema fica saturado, o que reduz a remuneração; não há residência médica para todos os formandos; e o paciente corre o risco de encontrar pela frente alguém sem a qualificação esperada e que, muito ao contrário de assistí-lo em suas precisões, pode representar um risco à saúde. Enfim, só ganha aquele que criou o curso com o objetivo único de lucrar.

Afortunadamente, o movimento unificado das entidades médicas, a conscientização progressiva da sociedade, e um conseqüente início de percepção da autoridade pública responsável pelo setor, têm contribuído para reduzir essa escalada.

Na saúde suplementar, a lógica é parecida. Muitos planos e seguros de saúde vêem o segmento puramente sob a ótica mercantil. Pressionam médicos a reduzir exames, internações e outros procedimentos importantes, como pré e pós-operatórios, para amealhar mais lucro. Não disponibilizam os avanços científicos para os tratamentos. Felizmente agora, quando médicos e sociedade exigem seus direitos, pelo singular e gigantesco movimento nacional que reivindica a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) na saúde suplementar, começam a ocorrer mudanças.

Dizemos sempre que médicos e pacientes são heróis. Eles enfrentam toda a sorte de problemas juntos e a força do bom relacionamento faz com que superem muitos desses obstáculos. A falta de uma política consistente de saúde pública, a destinação escassa de verbas para o sistema, o desrespeito à Lei que estabelece cota de investimentos para o SUS, só para citar alguns desvios, dão origem às mazelas sociais.

São hospitais lotados e sem condições para um atendimento digno, postos de saúde sem a necessária equipe multidisciplinar e, às vezes, até sem médicos, sem equipamentos, remédios e assim por diante. Mas médicos e pacientes resistem. Resistem e normalmente vencem.

Não se faz assistência à saúde sem considerar a indivisível pessoa do paciente e a essencial presença do médico. Massificar o atendimento e superficializar as ações, como se tem pretendido, não é Medicina; é desrespeito à cidadania.

Os cidadãos brasileiros e nossos profissionais de Medicina são realmente bravos. E não apenas por enfrentar esse caos quase cotidianamente. Têm um mérito comum: em momento algum perdem a capacidade de luta. Afinal, ambos labutam em prol da vida. Aliás, a relação médico-paciente torna-se mais estreita e robusta a cada novo entrave, e isso certamente é fruto da afinidade que os une. Os médicos também são pacientes. E os pacientes acompanham no dia-a-dia quantas são as dificuldades que pontuam o exercício da Medicina. 

Em virtude do 18 de outubro, dia de São Lucas, queremos saudar publicamente nossos 300 mil médicos do Brasil, os 90.000 de São Paulo e os milhões de pacientes. Recente propaganda é sábia ao registrar que o melhor do Brasil é o brasileiro. Você e seus pacientes são os melhores exemplos de que esse conceito é realmente verdadeiro.

Clóvis Francisco Constantino
Presidente do Cremesp

José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da APM


Edição conjunta

Dentro do espírito da política de unidade das entidades médicas, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e a Associação Paulista de Medicina (APM) decidiram, no mês em que se comemora o Dia do Médico, lançar esta edição conjunta do Jornal do Cremesp e da Revista da APM como homenagem aos profissionais do Estado de São Paulo.


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