CAPA
EDITORIAL
Ato Médico: fundamental para a população
ENTREVISTA
José Carlos de Souza Andrade, reitor da Unesp
ATIVIDADES DO CONSELHO 1
Programa de Controle da Qualidade Hospitalar
ATIVIDADES DO CONSELHO 2
Destaque para resposta do Secretário municipal ao Cremesp sobre Terapias Naturais
CLASSE MÉDICA EM MOVIMENTO 1
Cresce mobilização por honorários
CLASSE MÉDICA EM MOVIMENTO 2
ANS impõe regras de contratos entre Planos de Saúde e profissionais da saúde
CLASSE MÉDICA EM MOVIMENTO 3
Prorrogada suspensão de novos cursos de Medicina
GERAL 1
Serviço de Destaque
GERAL 2
CFM traça novo perfil do médico brasileiro
GERAL 3
De olho nos sites: Cremesp, Bioética e Banco de Empregos Médicos
AGENDA
Entre os destaques, a comemoração dos 109 anos da Academia de Medicina
NOTAS
Alerta Ético
PARECER
Uso de Nifedipina
DIA DA MULHER
Homenagem a Berta Sbrighi
GALERIA DE FOTOS
GERAL 1
Serviço de Destaque
Central de Transplantes do Estado tem atuação destacada
Criado em 1997, o Sistema Estadual de Transplantes do Estado de São Paulo está organizado para localizar e notificar órgãos para doação, selecionado os pacientes receptores. Possui duas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), que atuam em todo o Estado.
A primeira (CNCDO 1), situada na própria Secretaria de Saúde do Estado, abrange a capital paulista, Grande São Paulo, Litoral Norte e Vale do Ribeira. O restante do Estado é gerenciado pela CNCDO 2, que fica no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
O banco de dados é único no Estado, e cada CNCDO possui uma rede, que são interligadas. "A atuação de uma ou outra Central depende de onde está o doador, que gerencia os dados dos pacientes inscritos pelas equipes e hospitais de sua região", explica Luiz Augusto Pereira, coordenador do Sistema Estadual.
O serviço surgiu no Hospital da Clínicas de Ribeirão Preto, em 1986. "No início, esse processo funcionava somente para rim, e depois evoluiu para uma Central de Transplantes do Estado, para gerenciar outros órgãos", lembra Pereira.
Descentralização
O processo de captação de órgãos no Estado é feito de forma descentralizada, por meio das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), que são equipes de transplantes localizadas em diversas regiões de São Paulo. "Hoje são dez equipes treinadas no Estado, cada uma cuidando de uma região, simultaneamente. Alguns hospitais tomam conta de uma determinada área, especificamente para buscar potenciais doadores, auxiliar o hospital notificante a fazer o diagnóstico da morte encefálica, abordar a família, fazer uma série de exames para avaliar o doador e transferir o paciente para outro hospital quando necessário", afirma o coordenador da Central de Transplantes, Luiz Augusto Pereira. "Quanto mais descentralizar, mais OPOs forem criadas nos hospitais, melhor. Isso já acontece na Espanha, onde todo hospital tem uma organização dessas", completa.
Cadastro é único
O banco de dados para os pacientes que aguardam um órgão é único, mas a chamada fila de espera não. Quando surge um doador, a Central procura um paciente que tenha as suas características semelhantes. Determinam essa escolha o grupo sangüíneo, tamanho e peso de doador e receptor, compatibilidade HLA - conjunto de proteínas, no caso do rim, e outras características. "Para cada órgão existe uma regra, não se pode transplantar o coração de um paciente de 80 quilos para um de 50", exemplifica Pereira.
Existe ainda um protocolo de cooperação com o Ministério Público onde, ao final de cada mês, é encaminhado um prontuário eletrônico com todos os doadores e suas características, lembra o coordenador. "Eles fazem a monitoração desses dados".
Janeiro bateu recorde de doações
O mês de janeiro foi o que mais registrou número de doações de órgãos em toda a história do Estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Foram 48 doadores, que beneficiaram 150 pessoas que aguardavam um órgão. Em comparação com o mesmo período em 2003, o crescimento foi de 110%.
Segundo o coordenador da Central de Transplantes do Estado, Luiz Augusto Pereira, esse crescimento tem sido uma tendência com o passar dos anos. "Sem dúvida, é possivel subir ainda mais o número de doadores. Essa evolução se deu graças à descentralização na busca de doadores".
Em 2003, "nós tivemos 10 doadores por milhão de habitantes/ano. Canadá e Europa têm cerca de 15 doadores por milhão/ano; Estados Unidos, 20; Espanha, recordista mundial de transplantes, tem 30 doadores", compara Pereira.
Centro de Vigilância Epidemiológica
Pesquisa mostra que só 10% dos médicos incentivam vacina contra gripe para idosos
Com o objetivo de identificar as razões da não adesão às campanhas de vacinação contra a gripe, o Centro de Vigilância Epidemiológica "Alexandre Vranjac", órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, realizou, em 2001 e 2002, duas pesquisas de opinião pública junto à população-alvo (idosos com 60 anos ou mais). Os resultados, semelhantes, indicaram como principais motivos da não-adesão o medo de reações à vacina e a falta de preocupação com a gripe. Desde o início da campanha, em 1999, a adesão em São Paulo veio caindo e só em 2003 houve uma recuperação nos índices de cobertura, com a cobertura vacinal de aproximadamente 75% dos idosos no Estado.
As pesquisas indicaram que a iniciativa própria e os familiares são os principais incentivadores da adesão à vacinação. O médico foi citado como fator incentivador em apenas 10% dos casos, apesar de a maioria dos entrevistados (80%) freqüentarem consultórios clínicos habitualmente. Ao serem perguntados qual a posição do médico quanto à vacinação, os entrevistados responderam que 66% "não tocaram no assunto".
A Influenza, devido ao seu reconhecido potencial epidêmico e expressiva morbimortalidade, constitui-se num significativo desafio à saúde pública global. Só em São Paulo a doença e suas complicações, principalmente pneumonias, são responsáveis por mais de 27 mil internações/ano. Daí a importância da colaboração dos médicos em recomendar aos seus pacientes a vacinação, uma vez que seus benefícios reais estão na prevenção das complicações decorrentes da infecção pelo vírus, redução das hospitalizações e da mortalidade. É preciso, ainda, acabar com a crença de que a vacina provoca reações graves ou mesmo a gripe.
A campanha, que acontecerá de 17 a 30 de abril, oferecerá, também, as vacinas contra difteria e tétano para idosos ainda não vacinados e contra o pneumococo, para os grupos de risco. A secretaria disponibilizará, no final de março, um informe sobre a campanha no site do CVE: www.cve.saude.sp.gov.br
Serviço: Grupo Técnico de Implantação da Agência Paulista de Controle de Doenças - Tels.: (11) 3066-8823 / 8824