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CAPA

EDITORIAL (PÁG. 2)
Lavínio Nilton Camarim


ENTREVISTA (PÁG.3)
Gastão Wagner de Sousa Campos


ATO MÉDICO (PÁG.4)
Ação pede anulação de resoluções do Conselho de Farmácia à Justiça Federal


INSTITUCIONAL (PÁG. 5)
Contribuir com o Cremesp é fortalecer a sua profissão


ENSINO MÉDICO (PÁG. 6 E 7)
Exame do Cremesp é aplicado a mais de 3 mil egressos de escolas médicas


ESPECIAL 60 ANOS (PÁG. 8 E 9)
Cremesp celebra 60 anos de história com lançamento de livro e tributo aos médicos formados em 1957 e 1967


EU, MÉDICO (PÁG. 10)
Pesquisador realizou trabalho pioneiro sobre pressão arterial em mulheres após a menopausa


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (PÁG. 11)
Alunos da Faculdade Albert Einstein recebem Código de Ética do Estudante de Medicina


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (PÁG 12)
Hospital Universitário da USP corre risco de fechar as portas


PLANOS DE SAÚDE (PÁG. 13)
Proposta de mudanças representa golpe à Medicina e às conquistas sociais


CONVOCAÇÕES (PÁG. 14)
Editais


BIOÉTICA (PÁG. 15)
Cremesp lança nova publicação sobre relação médico-paciente


GALERIA DE FOTOS



Edição 353 - 11/2017

ENSINO MÉDICO (PÁG. 6 E 7)

Exame do Cremesp é aplicado a mais de 3 mil egressos de escolas médicas


Exame do Cremesp é aplicado a mais de 3 mil  egressos de escolas médicas

 A 13ª edição do Exame do Cremesp, realizada no dia 22 de outubro, em dez cidades do Estado de São Paulo, contou com a participação de 3.164 egressos (80% dos inscritos) nos 10 municípios que sediam a avaliação. Bráulio Luna Filho, primeiro-secretário e coordenador do Exame do Cremesp, acompanhou o início das provas, na Capital, e afirmou esperar um bom resultado dos alunos neste ano.

“Neste ano, disponibilizamos um simulado que contou com 60 perguntas, na mesma proporção do conteúdo da prova. Acredito que esse simulado permitiu aos graduandos uma compreensão maior sobre o Exame; e esperamos que eles tenham vindo para a prova preparados e confiantes em relação ao estilo de avaliação”, explicou.

A maior parte dos entrevistados classificou a prova como “bem elaborada” e de nível de dificuldade médio, com questões pertinentes ao dia a dia do médico e essenciais para a avaliação de uma boa formação. Além disso, muitos participantes ressaltaram que deveria ser expandida para todos os Estados do País. 

Dez cidades sediam prova

O Exame do Cremesp foi realizado simulta­neamente em 10 muncípios do Estado de São Paulo: Botucatu, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São Paulo e Taubaté.

Estudantes são favoráveis à obrigatoriedade da avaliação

Em entrevista ao Jornal do Cremesp, muitos estudantes de Medicina que participaram da 13ª Edição do Exame do Cremesp concordam sobre a necessidade de tornar a prova obrigatória, frente à abertura de novas escolas médicas. Eles também consideram que é uma forma efetiva de avaliação do aprendizado. À preocupação com a qualidade do ensino, soma-se a conveniência de ser bem avaliado para concorrer às provas de Residência, ou ainda, aos processos seletivos em instituições médicas. A seguir, alguns depoimentos dos estudantes:

 

 “O Exame é muito importante e deveria ser obrigatório pela quantidade de novos estudantes que a gente tem visto se formar. Acredito que o MEC não tenha a mesma competência que o Cremesp para avaliar um curso. Inclusive o Conselho deveria fiscalizar isso, fazer essa vigilância.”

Leonardo Lima, Faculdade de Medicina da Universidade de Ribeirão Preto, 28 anos.

 

 “Participei da prova para saber como minha faculdade está perante as outras. Além disso, existem alguns lugares requerendo a prova como critério de desempate da Residência e também para o trabalho. Não acho que deveria ser obrigatória.”

Thais Kajimura, Faculdade de Medicina Anhembi Morumbi, 35 anos.

 

 “Fiz o exame porque é importante, tanto para conseguir um trabalho quanto para colocar no currículo. Embora não seja obrigatório, ele é bem-visto se você quiser ter um diferencial no currículo para estar no mercado de trabalho. Além disso, as provas de Residência estão começando a exigir a participação no exame, ganhando importância a cada ano. Acho que a tendência é passar até para outros Estados.”

Luis Felipe Ferreira Martins, EPM - Unifesp, 24 anos

 

“Prestei o Exame para uma autoavaliação e para demonstrar o bom nível da minha faculdade. Estão sendo abertos vários cursos de Medicina que provavelmente não possuem um nível de excelência. O Exame deveria ser obrigatório, porque a abertura desenfreada de novos cursos levará à formação de um número exponencial de médicos – e, acontecendo isso, temos que ter um método para comprovar quais estão aptos para lidar com a vida das pessoas, e não apenas para exercer Medicina por dinheiro.”

Matheus Cunha, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, 22 anos. 

 

“A prova do Cremesp permite avaliar a qualidade do ensino. Se a formação do médico for ruim, quem sofre é a população. Pretendo prestar Residência aqui em São Paulo e o Exame é considerado em alguns concursos. Em Goiás, muitas escolas particulares têm sido abertas, sem controle da qualidade. Deveria haver também uma prova do Conselho de Medicina de Goiás.”

Ana Luiza. Goiânia, Universidade Federal de Goiás, 23 anos.

 

 “Fiz o exame porque ele é válido em várias Residências como critério de desempate. Deveria ser obrigatório, pois muitas faculdades estão sendo abertas a esmo em São Paulo, e no Brasil inteiro, sem nenhum pré-requisito, sem hospital universitário, sem Residência. Isso vai criar médicos mal preparados daqui para frente e gerar muitos processos médicos.”

Gustavo Stephano, Faculdade de Medicina do ABC, 24 anos.

 

“É mais do que necessário uma avaliação após a formação, já que a universidade, muitas vezes, não consegue atender às necessidades do ensino médico, ainda mais com tantas escolas funcionando. Por isso, precisamos de uma ferramenta que avalie a qualidade da formação dos novos médicos.”

Arthur Pereira Jorge, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, 25 anos.

 

 “A prova foi bem estruturada e as questões eram claras.  É importante ter um exame, mas é essencial que aconteça em âmbito nacional. Assim como na OAB, a Medicina também deveria ter uma prova, não apenas para testar o conhecimento do médico, mas também para saber como está a situação da escola.

Aline Barbosa Scarabelli, 25 anos, Unifenas.

 

“É uma prova para se treinar para as de Residência e fazer uma avaliação da faculdade. Deveria ser obrigatória, mas com uma preparação ao longo dos anos na própria faculdade. Em relação às provas de Residência, foi um pouco menos objetiva, com alguns conceitos que não são normalmente cobrados.”

Paulo Franzoni, Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, 26 anos.

 

“Acho importante tentar ser aprovado nesta prova. Temos de legitimar a iniciativa do Cremesp. O Exame deveria ser obrigatório porque estão sendo criadas faculdades que não serão capazes de ensinar o que um médico deveria saber.”

Lucas de Brito, EPM – Unifesp, 24 anos.

Participe do abaixo-assinado pela obrigatoriedade da prova para recém-formados

O Cremesp acaba de lançar uma campanha pela obrigatoriedade de um exame nacional de Medicina para recém-formados, por meio de petição on-line, que pode ser acessada em: www.exameobrigatorio.com.br.

Para participar, basta inserir nome, endereço de e-mail e, caso o internauta queira, explicar porque acha importante a obrigatoriedade. A petição já está disponível por prazo indeterminado e, além de acessá-la pelo link, é possível acompanhar – por meio das redes sociais do Cremesp – as novidades sobre o assunto e compartilhá-la com amigos.

A meta é alcançar 1 milhão assinaturas para, então, encaminhar a petição  ao Congresso Nacional e pressionar pela aprovação de uma lei que torne obrigatória a prova para recém-formados, a exemplo do que ocorre com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e nos moldes do Exame do Cremesp.

Consolidado há 13 anos como uma importante ferramenta de preparo dos recém-formados em Medicina e no aperfeiçoamento do ensino oferecido no Estado de São Paulo, o Exame do Cremesp é aplicado por meio de teste cognitivo. Abrange as áreas essenciais da Medicina, com ênfase nos conteúdos básicos imprescindíveis ao bom exercício profissional. A prova é composta de 120 questões de múltipla escolha, das áreas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Pública, Epidemiologia, Saúde Mental, Bioética e Ciências Básicas. Alunos de Medicina de todo o País podem participar do Exame do Cremesp.

 

Estado de Goiás passa a aplicar exame este ano

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) decidiu aderir ao exame para avaliar médicos recém-formados a partir deste ano. O Conselho adotará a avaliação nos mesmos moldes do Exame do Cremesp, que já está na sua 13ª edição e é destinado aos alunos sextanistas das escolas médicas paulistas e de outros estados. Atualmente, em Goiás, existem dez cursos de Medicina, dois em instituições públicas e oito em escolas privadas. No total, formam em torno de 1,2 mil médicos a cada ano.   


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