CAPA
EDITORIAL (Pág.2)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (Pág. 3)
Paulo Hoff
PROFISSIONAIS DA SAÚDE (Pág. 4)
Campanha conjunta
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág.5)
Reabilitação
SAÚDE PÚBLICA I (Pág. 6)
Sífilis congênita
SAÚDE PÚBLICA II (Pág. 7)
Imunização
JUDICIALIZAÇÃO (Pág. 8 e 9)
Decisão jurídica
LITERATURA (Pág. 10)
Novas publicações
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág.11)
Eventos com a presença do Cremesp
EU MÉDICO (Pág. 12)
Gabriel Liguori
PARCERIAS (Pág. 13)
Exame do Cremesp
EDITAIS (Pág. 14)
Convocações
BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para residentes
GALERIA DE FOTOS
SAÚDE PÚBLICA II (Pág. 7)
Imunização
Epidemias em SP permanecem em
estado de atenção
Para combater a epidemia de H1N1, foram aplicadas
cerca de 1,6 milhão de doses de vacina na Capital de SP
e região Metropolitana
Lembre-se de lavar as mãos para evitar a contaminação
pelo vírus da gripe
Surtos transmitidos pelo Aedes Aegypti, como dengue, chikungunya e zika – e, mais recentemente, uma epidemia precoce da gripe H1N1, iniciada ainda no verão, quando, em geral, a maior incidência ocorre em época de clima frio – têm mobilizado autoridades sanitárias e especialistas para a discussão e combate ao mosquito e às doenças.
A atenção maior está voltada para o vírus zika, já que existem diferentes hipóteses em torno das consequências ligadas à doença, embora haja consenso científico de que ela pode causar microcefalia congênita, Síndrome de Guillain-Barré e encefalomielite disseminada aguda em adultos. “Uma das formas de transmissão do zika vírus é a sexual, e já existem casos bem documentados a este respeito”, declara o infectologista Caio Rosenthal, conselheiro do Cremesp.
Só no Estado de São Paulo foram notificados à Secretaria de Estado da Saúde 171 casos de zika vírus ocorridos desde 2015, sendo 145 autóctones e 26 casos importados, ou seja, contraídos em outros Estados.
Dengue e chikungunya
Foram confirmados 58.343 casos de dengue no Estado até abril deste ano. Esse número é 85% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2015, quando foram confirmados 382.074 casos da doença. São Paulo registrou 285 casos de chikungunya neste ano, sendo 39 autóctones. Em 2015, foram 189 casos importados.
H1N1
Foram notificados 886 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado de São Paulo até abril deste ano, atribuíveis ao vírus influenza, causador de gripes, com 96 óbitos. Desse total, 715 casos e 91 óbitos estão relacionados ao vírus A (H1N1).
Para combater a epidemia, foram aplicadas cerca de 1,6 milhão de doses de vacina na população residente na Capital e região Metropolitana de São Paulo, além dos 67 municípios da região de São José do Rio Preto, atingindo 36% da cobertura dos públicos-alvo previstos nas duas primeiras semanas de vacinação, iniciada em abril.
Na Capital, entre os dias 4 e 20 de abril, 64% da população de risco (ver box) – que pode tomar a vacina de graça nos postos públicos – já havia sido vacinada, segundo a prefeitura da cidade de São Paulo.
Microcefalia
Casos confirmados chegam a 1.326 em todo o País
O Brasil já contava com 1.326 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), até o dia 7 de maio. Ao todo, foram 7.438 notificações desde o início dos registros, no mês de outubro do ano passado. Segundo o MS, 2.679 casos foram descartados e outros 3.433 casos ainda estão sendo investigados. No entanto, o ministério comunicou que o número não representa a totalidade de casos relacionados ao vírus, e que a infecção por zika se deu, na maior parte, nas mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Estados
O Estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 351 casos, seguido da Bahia, com 237; Paraíba, com 119; e Maranhão, com 116. Os únicos Estados sem casos confirmados são Acre e Santa Catarina. O Estado de São Paulo teve oito casos confirmados e 163 sob investigação.
Desde outubro, houve 262 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto.
Desse total, 56 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 32 foram descartados e 174 continuam em investigação.
Nordeste concentra maior número de casos de microcefalia
Campanha de vacinação da gripe
A campanha nacional de vacinação contra a Influenza foi iniciada no dia 30 de abril e prevista para encerrar em 20 de maio. No Estado de São Paulo, ela foi antecipada em função do aumento de casos de H1N1.
Na rede pública, a vacinação contra influenza foi destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade.
A vacina de gripe é atualizada todos os anos para adequá-la aos vírus circulantes naquela estação e sua composição é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a vacina de 2016 não sofreu mudanças em relação ao H1N1 em comparação à do ano passado, por isso os lotes de 2015 são eficazes contra a H1N1. Mas a proteção contra os outros dois vírus da gripe – H3N2 e Influenza B – ficou comprometida, por isso, a população que recebeu a vacina do lote de 2015 teve de se imunizar novamente durante a campanha nacional para garantir também a proteção contra os vírus H3N2 e Influenza B.