CAPA
EDITORIAL (Pág.2)
Mauro Gomes Aranha de Lima - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (Pág. 3)
Paulo Hoff
PROFISSIONAIS DA SAÚDE (Pág. 4)
Campanha conjunta
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág.5)
Reabilitação
SAÚDE PÚBLICA I (Pág. 6)
Sífilis congênita
SAÚDE PÚBLICA II (Pág. 7)
Imunização
JUDICIALIZAÇÃO (Pág. 8 e 9)
Decisão jurídica
LITERATURA (Pág. 10)
Novas publicações
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág.11)
Eventos com a presença do Cremesp
EU MÉDICO (Pág. 12)
Gabriel Liguori
PARCERIAS (Pág. 13)
Exame do Cremesp
EDITAIS (Pág. 14)
Convocações
BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para residentes
GALERIA DE FOTOS
SAÚDE PÚBLICA I (Pág. 6)
Sífilis congênita
Número de casos de sífilis congênita
aumenta em todo o Estado
Encontro promovido pela SES-SP com gestores e
profissionais da saúde procurou esclarecer e orientar
sobre eliminação e controle da doença
"É fundamental que o médico faça o diagnóstico precoce",
orienta Boulos
“O aumento dos casos de sífilis é um fenômeno mundial, mas é mais grave no Brasil que em outros países”, afirmou David Uip, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, em palestra realizada no dia 28 de abril, durante a Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis Congênita. O evento foi organizado pela Comissão Intergestora Bipartite de São Paulo, composta por entidades ligadas às secretarias de Estado e Municipal da Saúde. A iniciativa teve como objetivo somar esforços de gestores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde de São Paulo (SUS-SP) para a eliminação da sífilis congênita e o controle da sífilis adquirida em todo o Estado.
Participaram do encontro o coordenador do Centro de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde e também diretor de Comunicação do Cremesp, Marcos Boulos; a coordenadora do Centro de Referência e Tratamento (CRT/DST-AIDS), Maria Clara Gianna; a secretária municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, Odete Carmem Gialdi — representando o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems) —, e Margareth Preto, do Fórum ONGs/Aids.
Desafios
Para Boulos, “é aterrorizante não conseguirmos extinguir a sífilis, uma doença milenar que tem tratamento simples, bastando uma injeção para eliminar a transmissão vertical. Mas, infelizmente, não conseguimos”. Ele ressaltou que “é fundamental que o médico faça o diagnóstico precoce e oriente o paciente quanto ao tratamento, para se evitar a transmissão e debelar o flagelo que atinge muitas crianças e famílias”.
A coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de São Bernardo do Campo, Marizilda Henrique da Silva, discorreu sobre o diagnóstico laboratorial mais adequado, abordando também o teste rápido para os casos de sífilis congênita.
Orientações aos médicos sobre como proceder no atendimento às gestantes com suspeita de sífilis e seus parceiros, além da indicação do uso correto da penicilina nos casos da doença, foram fornecidas nas palestras de Herculano Alencar, dermatologista, e Daniela Vinhas Bertolini, infectopediatra, ambos do Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).
As diretrizes de atendimento presentes no Guia de bolso para o manejo da Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita – uma publicação da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES – enfatizam os casos em recém-nascidos. O manual pode ser consultado online no endereço: http://www.saude.sp.gov.br/resources/crt/publica coes/outras-publicaco es/guia_de_bolso_da_ sifilis_-_2_edicao_2016. pdf?attach=true.
Câncer de colo do útero registra alta incidência no Brasil
O País deve registrar cerca de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero, somente neste ano – incidência três vezes mais alta do que as verificadas nos Estados Unidos e na Austrália –, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O câncer de colo do útero é o quarto mais comum entre as mulheres e a evolução da doença, na maioria das vezes, acontece de forma lenta, passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam próximas a 100%.
Estudos epidemiológicos associam o câncer de colo do útero à infecção do papiloma vírus humano (HPV) – doença sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo, principalmente em mulheres jovens. Cerca de 90% dos casos desse tipo de câncer podem ser atribuídos a alguns dos 13 tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos. A realização periódica do exame de Papanicolau vem sendo reconhecida como a estratégia mais efetiva na redução da mortalidade por esse tipo de tumor.
Alerta terapêutico
Médicos de São J. do Rio Preto e Araçatuba devem estar atentos à febre amarela
Foi detectado um óbito por febre amarela na região de São José do Rio Preto e, na investigação epidemiológica, encontrou-se epizootia com morte de macacos por este vírus.
Esses achados são relevantes e direcionam para a possibilidade do paciente estar em contato com o vírus amarílico, tanto na região de São José do Rio Preto quanto na de Araçatuba, pois a epizootia chegou também a essa última localidade.
O Cremesp alerta aos médicos dessas duas regionais para pensarem no diagnóstico de febre amarela em pacientes febris, com cefaleias, dores musculares e com icterícia. “Nos casos típicos da doença, as enzimas hepáticas estão muito elevadas e a doença simula hepatite fulminante”, afirma o infectologista Marcos Boulos, diretor de Comunicação do Conselho e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP).
Desta forma, nas suspeitas diagnósticas, o médico deve notificar rapidamente os grupos de vigilância epidemiológica para que sejam realizadas as medidas de contenção do surto.