CAPA
EDITORIAL (Pág.2)
Mauro Gomes Aranha de Lima
ENTREVISTA (Pág. 3)
Jorge Kalil
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág.4)
Saúde da mulher
FORMAÇÃO MÉDICA (Pág. 5)
Cremesp Educação
SAÚDE PÚBLICA (Pág. 6)
Fosfoetanolamina
SAÚDE PÚBLICA 2 (Pág. 7)
Influenza
H1N1 - (Pág. 8)
Oseltamivir
DSTs - (Pág. 9)
DSTs
JOVENS MÉDICOS (Pág. 10)
Ameresp
EU MÉDICO (Pág. 11)
Horas da Vida
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág.12)
Bráulio Luna e Mauro Aranha
GESTÃO (Pág.13)
Rodízio de diretores
EDITAIS (Pág. 14)
Convocações
BIOÉTICA - (Pág. 15)
Aborto: limites e proibições
GALERIA DE FOTOS
DSTs - (Pág. 9)
DSTs
Médicos devem pedir exames de
HIV, sífilis e hepatite
Médicos e pacientes devem desenvolver uma relação de confiança
para a conscientização da importância
em discutir as DSTs
O médico deve orientar seus pacientes para que façam exames de diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite dos tipos B e C. O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a Recomendação nº 2/2016, no dia 21 de janeiro de 2016, em reunião plenária.
Essas doenças, com sérios potenciais de complicações e graves consequências, requerem tratamento adequado imediato. Além disso, com a mesma velocidade que a doença se fortalece no corpo do portador, ele pode transmitir para terceiros. “No Brasil, cerca de 25% dos casos de HIV são diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de linfócitos CD-4 abaixo de 200 células por mm3, o que significa estado avançado de imunossupressão”, relata o infectologista Dirceu Grego, membro da Câmara Técnica de Bioética do CFM, que propôs a recomendação.
Aumento dos casos
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 7.137 casos de HIV, 31.997 casos de sífilis, 3.167 casos de hepatite B e 4.386 casos de hepatite C em 2014, no âmbito estadual. “Vários fatores podem estar contribuindo para o aumento, principalmente a diminuição dos alertas e da divulgação”, relata o infectologista Marcos Boulos, diretor de comunicação do Cremesp.
Em 2014, a estimativa era de que 781 mil pessoas viviam com o HIV no País. Dessas, 83% (649 mil) haviam sido diagnosticadas, das quais 80% começaram o tratamento e 66% continuaram. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas no Brasil vivem com HIV/Aids e não sabem.
Tabu
Para o infectologista Caio Rosenthal, também conselheiro do Cremesp, há barreiras na relação médico-paciente quando o assunto são as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). “Temos de mudar alguns conceitos, nos adaptar à nova realidade, buscar maior abertura com os pacientes e nos conscientizarmos, médicos e pacientes, da importância dessas questões que envolvem confiança e intimidade necessárias para garantir um perfeito atendimento”, analisa.
A Recomendação nº 2/2016, é dirigida a todos os médicos. “Essa recomendação visa facilitar a abordagem do médico para o tema importante das infecções sexualmente transmissíveis, introduzindo-o durante a consulta. Caso os testes ou a vacinação não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, oportunidade ou conveniência de sua execução”, explicou Greco.
Saúde suplementar
ANS normatiza orientação às gestantes
A Resolução nº 398/2016, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), determina que os profissionais da obstetrícia que atendam na saúde privada entreguem às gestantes um texto de orientação sobre os riscos e as vantagens dos partos normal e cesárea.
A Nota de Orientação à Gestante consta na Resolução e deve ser entregue às pacientes em três consultas diferentes, durante o acompanhamento da gestação, a fim de apresentar as características de cada parto. Com isso, deixa para a paciente a decisão de qual método optar.
A obstetra Silvana Morandini, diretora 2ª secretária do Cremesp, acredita que as informações contidas no anexo estão escritas em uma linguagem esclarecedora apenas para as gestantes que foram educadas formalmente até, pelo menos, completar o ensino médio, e que acompanham noticiários. “Se ela não compreender essas informações, provavelmente, receberá a Nota de Orientação, irá ler muito rapidamente e juntá-la aos exames feitos. Ou, então, jogar o papel fora”, afirma.
Obstetrizes
O artigo 1º da Resolução diz que “o acompanhamento de trabalho de parto e o próprio parto poderão ser executados por qualquer profissional de saúde habilitado para a sua realização, conforme legislação específica sobre as profissões de saúde e regulamentação de seus respectivos conselhos profissionais, respeitados os critérios de credenciamento, referenciamento, reembolso ou qualquer outro tipo de relação entre a operadora de planos privados de assistência à saúde e prestadores de serviços de saúde”. E, por isso, as operadoras de planos privados e os hospitais deverão contratar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento do trabalho de parto e do próprio parto, mantendo atualizada a relação de profissionais contratados para livre consulta das beneficiárias.
Veja a íntegra da resolução e a Nota de Orientação à Gestante no site da ANS (www.ans.gov.br) ou no Diário Oficial da União, de 11/02/2016, seção 1, pág. 17.
Zika
Doença pode causar distúrbio cerebral em adultos
Um novo distúrbio cerebral em adultos pode estar associado ao Zika vírus: a encefalomielite disseminada aguda (Adem), que ataca o cérebro e a espinha dorsal. Essa síndrome autoimune foi revelada pela cientista brasileira Maria Lucia Brito, que apresentou seu trabalho durante um encontro da Academia Americana de Neurologia, em Vancouver (Canadá).
A Adem ocorre tipicamente como consequência de uma infecção, provocando o inchaço acentuado do cérebro e da espinha dorsal e danificando a mielina, a proteção esbranquiçada que envolve as fibras nervosas. Os sintomas são fraqueza, dormência e perda do equilíbrio e da visão, similares aos da esclerose múltipla.
O Zika já tinha sido relacionado a outro distúrbio autoimune que causa danos neurológicos, a síndrome de Guillain-Barré. E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe um grande consenso científico de que, além da Guillain-Barré, o Zika pode causar a microcefalia em recém- nascidos, embora ainda não haja provas conclusivas.
Além de doenças autoimunes, alguns pesquisadores também têm apresentado relatos de pacientes com Zika que desenvolvem encefalite e mielite.