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DSTs


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Edição 335 - 04/2016

H1N1 - (Pág. 8)

Oseltamivir


SES-SP alerta para prescrição racional
do oseltamivir

Uso indiscriminado do antiviral não é recomendado, podendo
promover o aparecimento de resistência viral

 

O início antecipado da sazonalidade e a atividade do vírus influenza no Estado de São Paulo em 2016 levou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) a reforçar a necessidade do uso ra­cional e adequado do antiviral oseltamivir, otimizando seus benefícios e minimizando a possibilidade de resistência viral. O uso adequado do oseltamivir, de até 48 horas do início dos sintomas, proporciona redução da ocorrência de casos graves e complicações da infecção pelos vírus Influenza.

Segundo o Protocolo de Tratamento de Influenza do Ministério da Saúde de 2015, o uso do oseltamivir é indicado a:

- Indivíduos que apresentem definição de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independente da situação vacinal;

- Casos de Síndrome Gripal (SG), que apresentarem condições e fatores de risco pra complicações, independente da situação vacinal.

 

Condições e fatores de risco

  • Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto;
     
  • Adultos maiores/igual a 60 anos;
     
  • Crianças menores de 5 anos (particularmente as menores de 2 anos e, especialmente, as menores de 6 meses);
     
  • População indígena aldeada;
     
  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye);
     

Indivíduos que apresentem:

  • Pneumopatias (incluindo asma);
     
  • Tuberculose de todas as formas;
     
  • Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
     
  • Nefropatias;
     
  • Hepatopatias;
     
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
     
  • Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
     
  • Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração: disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico (AVE) ou doenças neuromusculares;
     
  • Imunossupressão associada a medicamentos, neoplasias, HIV/aids ou outros;
     
  • Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC igual, ou maior, que 40 em adultos.

 

Nos casos de SG em pacientes sem fatores de risco para complicações, além de medicamentos sintomáticos e da hidratação, a prescrição de oseltamivir deve ser baseada em julgamento clínico do médico assistente e, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início da doença.

Todos os pacientes com SG devem ser orientados para retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico, quando deverão ser reavaliados quanto aos critérios de SRAG ou outros sinais de agravamento.

As medidas de cuidados respiratórios, higiene pessoal e do ambiente, isolamento social na presença de sinais e sintomas de SG, são fundamentais para o controle da transmissão dos vírus influenza e de outros vírus respiratórios.

O uso indiscriminado de antiviral não é recomendado, pois pode promover o aparecimento de resistência viral.
 


Recomendações

  1. Vacine-se - Os infectologistas recomendam a vacinação contra o vírus H1N1 como medida essencial para se prevenir da doença. Os profissionais de saúde foram incluídos no primeiro grupo de imunização;
     
  2. Evite contato direto com pessoas com H1N1(apertos de mão e abraços e beijos) - Em ambientes fechados, procure manter as janelas abertas para facilitar a circulação de ar;
     
  3. Lave as mãos constantemente – Higienizar as mãos com água e sabão é uma medida de extrema importância para prevenir a doença. O uso de álcool em gel também é uma forma de prevenção;
     
  4. Evite contato com o rosto (olhos, boca e nariz) após circular em locais públicos e encostar em maçanetas, corrimãos, apoios etc. Sempre que possível, lave as mãos após ter contato com esses locais.
     
  5. Mude hábitos do dia a dia - Evite estresses, ansiedade e má alimentação. Esses comportamentos, assim como dormir pouco, ingerir bebidas alcoólicas e usar drogas, são porta de entrada para o vírus, enfraquecendo o sistema imunológico.

 


Prioridade

Segundo grupo de risco a ser imunizado contra H1N1
começou a receber a vacina em 11 de abril

 

Crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e idosos, considerados segundo grupo de risco, passaram a ser vacinados a partir de 11 de abril. Esse grupo totaliza quase 3 milhões de pessoas.

A expectativa da Secretaria Estadual da Saúde é vacinar 3,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.

Desde o início do ano, 42 pessoas já morreram por causa de gripe em todo o Estado. A situação provocou o aumento da procura por vacinação em clínicas particulares.

A vacinação segue o calendário das campanhas de anos anteriores, obedecendo à ordem de grupos prioritários.

 

Terceiro grupo

As mulheres que acabaram de ter bebês, pessoas com doenças crônicas e outros grupos passaram a receber a vacina a partir de 18 de abril.

No restante do País, a campanha contra a influenza começou no dia 30 de abril e irá até 20 de maio.

As vacinas da rede pública são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B. Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas quadrivalentes, com cepas para outro tipo de gripe B, que circula nos Estados Unidos.

 

 


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