CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho
ENTREVISTA (pág. 3)
Irineu Tadeu Velasco
SUS (Pág. 4)
Mês do Médico
ARTIGO (Pág. 5)
Profissão e ética
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (Pág. 6)
Saúde no ABC
ANUIDADE (Pág. 7)
Resolução CFM nº 2.125/2015
EXAME DO CREMESP 2015 (Pág. 8 e 9)
Avaliação agora com valor de mercado
EVENTOS (Pág. 10)
Violência
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág. 11)
Tomada de decisão
EU, MÉDICO (pág. 12)
Cristiana Virgulino
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Ameresp
CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais
BIOÉTICA - (pág. 15)
Reformulação de plataforma
GALERIA DE FOTOS
EXAME DO CREMESP 2015 (Pág. 8 e 9)
Avaliação agora com valor de mercado
Prova teve participação de 3.142 inscritos
Maioria dos participantes apoia obrigatoriedade como critério para Residência Médica e contratação profissional
Exame foi realizado em 10 cidades do Estado de São Paulo
A 11º edição do Exame do Cremesp 2015 foi realizada no dia 18 de outubro, nos municípios de Botucatu, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São Paulo e Taubaté. A prova contou com a participação de 3.142 egressos de cursos de Medicina dos 3.321 inscritos do Estado de São Paulo e também de outras localidades, resultando em um índice de abstenção de apenas 5,4%.
A avaliação teve 120 questões objetivas de múltipla escolha abrangendo problemas comuns da prática médica em nove áreas básicas: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, Epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética. Serão considerados habilitados os formandos ou recém-formados que tiverem pelo menos 60% de acerto. As regras para a realização do Exame foram criadas por uma Comissão Interna do Cremesp, em conjunto com a Fundação Carlos Chagas, responsável pela elaboração e aplicação das provas.
O mau desempenho na prova não implicará impedimento na obtenção do registro profissional no Conselho. Mas, a partir deste ano, diversas instituições de ensino e Saúde do Estado de São Paulo passarão a considerar a avaliação do Cremesp como um dos critérios de seleção nos programas de Residência Médica ou a postos de trabalho em renomadas instituições de saúde (veja box Valor de Mercado).
“Isso é um avanço para a sociedade. A exemplo do que acontece nos Estados Unidos, nas próximas avaliações, o Exame já terá um valor indiscutível de mercado, até haver uma legislação nacional que o adote formalmente como instrumento obrigatório para o exercício da Medicina”, afirma Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp. Ele esteve presente ao local da prova em São Paulo, na Uninove – Vergueiro, juntamente com o vice-presidente, Mauro Aranha.
“É justo e correto que o estudante tenha uma avaliação elaborada por um órgão competente, como o Cremesp, dada a quantidade enorme de médicos no mercado, grande parte deles sem condições de exercer a profissão. É importante ter um exame abalizador”
Valdir Golin, diretor geral da Faculdade de Medicina da Santa Casa
“Valorizar o Exame do Cremesp é sinalizar para uma Medicina embasada em evidências científicas, centrada na segurança oferecida ao paciente e com um olhar à pessoa em sua integridade e cidadania”
Joaquim Edson Vieira, professor de Anestesiologia da FMUSP
“Ter sido aprovado no Exame do Cremesp é mais uma ferramenta no caminho da boa formação profissional e, certamente, auxiliará em todos os nossos processos de seleção. É um passo indispensável no caminho da modernidade e da excelência do médico brasileiro”
Claudio Schvartsman, vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein
Participação maciça
A Capital paulista teve o maior número de participantes no Exame, seguida por Campinas, Ribeirão Preto e Presidente Prudente.
O Cremesp não divulga o ranking das escolas e nem o resultado por aluno. Os participantes do Exame do Cremesp receberão, via Correios, o Boletim de Desempenho, previsto para ser enviado até o final deste mês de novembro, de forma sigilosa e individual. As escolas também serão comunicadas sobre a performance geral obtida pelos seus alunos.
Valor de mercado
O Exame do Cremesp passou a ter valor de mercado, uma vez que várias instituições irão considerar a avaliação como um dos critérios de seleção para os programas de Residência Médica e para contratação de médicos.
Residência Médica
Faculdade de Medicina da USP (São Paulo)
Faculdade de Medicina da USP (Ribeirão Preto)
Faculdade de Medicina do ABC
Faculdade de Medicina da Unifesp
Faculdade de Medicina Santo Amaro - Unisa
PUC (Campinas)
Hospital do Servidor Público Estadual - Iamspe
Faculdade de Medicina da Santa Casa
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Contratação
Hospital Albert Einstein
Hospital Sírio-Libanês
Hospitais participantes da Associação
Nacional de Hospitais Privados (Anahp)
Unimed Ribeirão Preto
Unimed Santos
Unimed Jundiaí
Unimed Presidente Prudente
Unimed Botucatu
Unimed Bauru
Unimed Alta Mogiana (Orlândia, Sales Oliveira, Morro Agudo, São Joaquim da Barra, Nuporanga e Ipuã)
Unimed Norte Paulista (Aramina, Buritizal, Guará, Igarapava, Ituverava e Miguelópolis)
Avaliação foi considerada bem elaborada para maioria dos participantes
Grande parte dos alunos que participaram da prova neste ano considera que a avaliação foi bem elaborada, com questões de enunciados concisos, e que seria muito vantajoso para toda a sociedade se fosse adotada como critério de obrigatoriedade, assim como a OAB já realiza com os profissionais de Direito. Mas, para isso, seria necessária uma lei nacional para garantir a participação de todos os recém-formados em Medicina no País.
“A prova foi difícil porque as questões eram bastante específicas em todas as áreas, mas acredito que fui bem. Sou a favor de uma avaliação obrigatória dos recém-formados, mas contra ser classificatória. Para isso, teria que haver uma reforma do ensino.”
Leonardo Degaspari, Faculdade de Medicina de Jundiaí
“O Exame teve dificuldade moderada. Sou contra a obrigatoriedade porque, após anos de estudos e com a dificuldade de se conseguir emprego na atual conjuntura, o Exame acaba sendo mais um obstáculo.”
Ana Victória Brasil Barbosa Luz, Universidade da Cidade de SP (Unicid)
“É justa a realização do Exame. Fiz porque, no futuro, acredito que cada vez mais o mercado de trabalho exigirá profissionais que fizerem o Exame do Cremesp, assim como mais programas de Residência irão aderir.”
Tatiane das Graças Oliveira Vasconcelos, Centro Universitário São Camilo
“Fiz o Exame para ter um parâmetro de avaliação sobre a minha formação profissional e também para aumentar a empregabilidade no mercado de trabalho. Com a abertura de tantas escolas, sou favorável à obrigatoriedade da prova.”
Vitor Wagatsuma, Universidade São Francisco de Bragança Paulista
“A prova deveria ser obrigatória para obter o registro profissional. É preocupante ver muitos residentes que não conseguem identificar e tratar uma pneumonia! Passam na prova de Residência, mas têm uma defasagem de conhecimento prático.”
Karlos Kian, Fac. de Ciências Médicas da Santa Casa de S. Paulo
“Considero que a prova teve um nível moderado. Seria bom ter um exame obrigatório após a faculdade, só não sei se a melhor forma é o Exame do Cremesp ou a criação de uma prova em nível nacional.”
Heloísa Takasu Peres, Unicamp
“O Exame deveria ser obrigatório para exercer a profissão. Precisaria ser criado algum tipo de controle na entrada de recém-formados de Medicina no mercado de trabalho.”
Ana Berca, Universidade Federal de Goiás (UFG)
“A prova é importante e o desempenho dos alunos deveria ser usado para estabelecer critérios para a manutenção de cursos de Medicina. Em geral, é uma avaliação difícil, mas bem elaborada.”
Eduardo Maidana, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
“Quem estuda durante o curso faz tranquilamente essa prova, de dificuldade mediana. Sou contra a obrigatoriedade do Exame. Devemos ser avaliados pela própria instituição de ensino, continuamente.”
Samantha Farias, PUC Sorocaba
“Sou totalmente a favor de aderir à prova como critério para exercer a profissão. Qualquer estudante que se empenhe nas aulas pode acertar ao menos 60% do Exame, sem muitas dificuldades.”
Fabiana Ceribelli, Faculdade Anhembi Morumbi
Exame do Cremero
Inspirado no Exame do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) realizou sua primeira avaliação externa de formação dos profissionais de Medicina no mesmo dia 18 de outubro. Nesta 1ª edição, o exame contou com cerca de 100 participantes ou 1/3 de todos os formados anualmente no Estado.
O Exame do Cremero é obrigatório para aqueles que querem obter o registro naquele Estado e será realizado uma vez por ano, abrangendo teste cognitivo em áreas essenciais da Medicina. A prova é dirigida a todos os formandos do 6º ano ou 12º período de Medicina que estejam cursando faculdades reconhecidas pelo MEC; bem como os recém-formados, inclusive de outros Estados.