CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Diretoria da EPM
INTERNET (pág. 4)
Avanços tecnológicos a favor da Medicina
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) (pág. 5)
Projeto de Lei 268/2015
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 6)
Emílio Ribas - 135 anos
EPIDEMIA (pág. 7)
MERS-CoV
TRABALHO MÉDICO (pág. 8 e 9)
Violência contra profissionais de saúde
EXAME DO CREMESP (pág. 10)
Valorização da iniciativa
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Projeto educacional
EU, MÉDICO (pág. 12)
Medicina: aprendizado & convivência
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Hospital São Paulo
EDITAIS (pág. 14)
Informações úteis ao profissional de Medicina
BIOÉTICA (pág. 15)
Dilema da Maioridade Penal
GALERIA DE FOTOS
INTERNET (pág. 4)
Avanços tecnológicos a favor da Medicina
Aplicativo permite compartilhar imagens e discutir tratamentos
Médicos devem ficar atentos e evitar exposição e identificação do paciente no Figure 1, app disponível para Android, iOS e pela internet
Figure 1: casos podem ser solucionados por
áreas da Medicina
O compartilhamento de imagens médicas com outros profissionais pelo mundo tornou-se possível, com a chegada do aplicativo Figure 1. Ele possibilita a discussão dos casos e a troca de experiências entre profissionais e aspirantes – o público leigo também pode acessá-lo gratuitamente. Porém, os médicos devem ficar atentos e ter cuidado, principalmente para não expor o rosto ou partes do corpo que identifiquem o paciente, como sinais e tatuagens.
Em formato de comunidade, o aplicativo permite que os usuários pesquisem sintomas, recebam informações e encaminhem imagens para outros profissionais da saúde ao redor do mundo. A ideia é disseminar conhecimento e informações importantes para o tratamento de problemas de saúde de forma integrada e global.
No próprio aplicativo há uma ferramenta de bloqueio facial. Deve-se sempre borrar ou colocar uma tarja em partes do corpo que identifiquem o paciente, recurso que também está disponível na plataforma. Pessoas despidas e partes íntimas não devem ser expostas, exceto em casos em que realmente não há opção. As regras éticas, que os profissionais da Medicina devem seguir, são as mesmas já aplicadas em publicações, jornais e programas de televisão.
Todo protocolo de confidencialidade e moderação passa pela aprovação de uma equipe da empresa responsável pelo aplicativo, utilizado por mais de 150 mil pessoas no mundo, buscando garantir o anonimato do paciente.
Avanços tecnológicos
As novas tecnologias e o aumento do número de pessoas que estão na rede mundial de computadores se tornaram um importante instrumento para difusão de informação, além da promoção de ferramentas de serviço e utilidades. Todos passaram a ter acesso a informações médicas – inclusive pacientes –, possibilitando que haja atualização constante e dinâmica de conhecimentos.
Uma das possibilidades dos avanços tecnológicos é o barateamento de serviços, o que acaba ocorrendo também na prática médica. Por meio da internet, é possível enviar um laudo, para qualquer lugar do mundo, que ele chegará com a mesma qualidade. “Metade dos laudos radiológicos americanos estão sendo feitos em outros países porque é mais barato”, comenta Antônio Pereira Filho, diretor de comunicação do Cremesp. Para ele, está entrando em jogo uma questão econômica e os países que possuem mão de obra mais barata estão sendo procurados para realizar esses laudos.
Mas a universalização do conhecimento na internet ainda possui barreiras. As pessoas que têm acesso a diagnósticos online, o chamado telessaúde, são as que possuem maior poder aquisitivo, pois o preço do serviço ainda é alto. “No futuro, creio que será possível que todos tenham acesso a esse serviço, mas ainda não há uma integração”, diz Pereira Filho.
Porém, a telemedicina não pode substituir a consulta médica. Para se chegar a um diagnóstico é necessário a anamnese e raciocínio clínico, além do exame físico. O computador reconhece algoritmos, mas não tem a habilidade de escutar um pulmão, dialogar com o paciente ou interpretar uma face, lembra o diretor do Cremesp.
Escolas médicas
Unitau incentiva trote solidário
Palestra e apresentação de maracatu marcaram festa deste ano
A Faculdade de Medicina de Taubaté (FMT), ligada a Universidade de Taubaté (Unitau), adota há cerca de dois anos, o trote solidário para incentivar os alunos recém-chegados a criarem laços sociais com a comunidade e com os demais estudantes.
Os veteranos recebem os calouros apresentando a direção dos órgãos estudantis, suas competências e ações, e nesse período também são realizadas tarefas solidárias, como doação de mantimentos e produtos de higiene, medicamentos para a farmácia comunitária mantida pelos alunos (desde a primeira turma da faculdade), visitas aos asilos e doação de sangue junto com a comunidade, dentre outras atividades de cunho social e comunitário. Os estudantes com maior participação acumulam pontos e são premiados com livro, jaleco ou algum outro produto que ajudará em sua rotina acadêmica.
Mudança
Nos vestibulares de edições anteriores ao trote solidário, os universitários realizavam ações “não construtivas”, com o consumo de bebida na porta do prédio ou som alto. Porém, sempre antes desses eventos, a Pró-reitoria Estudantil realizava reuniões com os estudantes, pedindo colaboração e parceria para que não ocorressem exageros.
A lei municipal n°4558/11 acabou tornando proibida a realização de trotes na cidade de Taubaté, mas alguns casos isolados continuaram acontecendo. Para sanar esse problema, alunos do curso de Medicina se mobilizaram junto à universidade, com um trabalho de conscientização coletiva. Criou-se um Comitê de Ética, composto de ex-diretores dos três órgãos estudantis: Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro (DABM), Departamento Científico Benedicto Montenegro (DCBM) e Associação Atlética Acadêmica Benedicto Montenegro (AAABM), para garantir mudanças de postura que todos se comprometeram a adotar.
Segundo a ex-coordenadora pedagógica da instituição, Valéria Holmo Batista, com essa modificação, notou-se um aumento espontâneo na adesão dos novos alunos aos três órgãos acadêmicos e na participação de atividades em geral, como festas e eventos esportivos da AAABM, além de melhorar o relacionamento entre todos. “Essas mudanças resultaram em uma união firme entre calouros e veteranos, como deveria sempre acontecer”, afirma.