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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Florisval Meinão


GESTÃO DA SAÚDE (pág. 4)
Pesquisa Datafolha e CFM


SAÚDE PÚBLICA (pág. 5)
Impacto da legalização das drogas


ESCOLAS MÉDICAS (pág. 6)
Abertura de cursos de Medicina


EXAME DO CREMESP (pág. 7)
Inscrições abertas


ELEIÇÕES CFM (págs. 8 e 9)
Novos conselheiros representam SP do CFM


SAÚDE MENTAL (pág. 10)
Prevenção do suicídio


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Debate sobre a importância do Revalida


ELEIÇÕES APM (pág. 12)
Conheça a nova diretoria


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Fotos de pacientes na internet


SERVIÇOS DO CREMESP (pág. 14)
Postos de arrecadação


TRIBUTOS (pág. 15)
Projeto parcela dívidas do ISS


BIOÉTICA (pág. 16)
Crianças desaparecidas


GALERIA DE FOTOS



Edição 318 - 09/2014

SAÚDE PÚBLICA (pág. 5)

Impacto da legalização das drogas


Especialista critica termo “maconha medicinal”

Para o conselheiro da ONU, Kevin Sabet, a denominação pode confundir as pessoas e levar ao aumento do consumo


Sabet: "politização do 'tema da moda' mascara o impacto da droga
na saúde pública"
 


O uso do termo “maconha medicinal” para tratamento médico é desaprovado pelo especialista em políticas de drogas da Universidade de Oxford e conselheiro sênior do Instituto de Pesquisa de Crimes e Justiça da ONU (Organização das Nações Unidas), Kevin Sabet. Para ele, “ter medicamentos que usam substâncias derivadas da maconha é algo promissor, mas nós não chamamos a morfina de ‘heroína medicinal’. Utilizar o termo ‘maconha medicinal’ só confunde as pessoas e vem acompanhado da crença de que você tem de fumar para obter os benefícios”, critica.

Sabet veio ao Brasil para debater o futuro da política de legalização de drogas e suas consequências, no dia 23 de agosto, no Palácio dos Bandeirantes. No evento, promovido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o norte-americano apresentou a palestra O Impacto da Legalização das Drogas e trocou experiências com especialistas e convidados. Foram abordados temas como o uso de maconha medicinal, a necessidade de uma política de drogas dinâmica, tratamentos contra dependência química e a relação entre justiça e saúde pública.

“Legalizar o uso da maconha cria mais uma ‘indústria do vício’ e, ainda, não ajuda a acabar com o tráfico”, afirma Sabet. Para ele, a politização do ‘tema da moda’ mascara o impacto da droga na saúde pública, cujo consumo cresce entre adolescentes.

Dependência
Um dos casos analisados por Sabet durante sua palestra é o do Colorado (EUA), que permite tanto o uso da “maconha medicinal” (desde 2001) como da recreativa (a partir deste ano). Naquele Estado, a venda da droga é proibida para menores de 21 anos. Mesmo assim, sete em cada dez adolescentes em tratamento contra dependência química admitiram ter usado maconha medicinal de outra pessoa – e, em média, isso ocorreu 50 vezes.

Sabet explica que o número de jovens entre 12 e 17 anos que usaram maconha cresceu de 8,15%, em 2009, para 10,47%, em 2011, no Colorado, bem acima da média nacional, que é de 7,55%.

 


 

Laranjeira recebe homenagem internacional


Laranjeira: contribuição mundial na área de
dependência química
 


Ronaldo Laranjeira, psiquiatra, professor e presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) recebeu o prêmio ISAJE Griffith Edwards, da Internacional Society of Addiction Journal Editors, como reconhecimento pela sua atuação como clínico, educador e implementador de políticas públicas sobre álcool e drogas. A pre­miação foi concedida no dia 4 de setembro, em Chicago (EUA).

O prêmio foi criado para reconhecer realizações e estudos científicos na área de dependência, sendo batizado em homenagem ao pesquisador indiano Griffith Edwards, referência mundial por suas pesquisas sobre vício e tratamento de álcool e outras drogas.

 


 

Pesquisa
Projeto pretende
ampliar estudo de Leucemia Linfoide Crônica

O Registro Nacional de Leucemia Linfoide Crônica (LLC), criado há dez anos, pretende expandir o número de casos de estudo da doença e o ingresso de novas instituições no projeto. A ideia é formar um Grupo Brasileiro de LLC, com desenvolvimento de subcomitês de análise da doença.

Por meio do cadastro de médicos e pacientes que lidam com a patologia, o Registro visa avaliar as características clínico-la­bo­ratoriais da doença em diferentes regiões do País e, com isso, aumentar o número de informações sobre o assunto, melhorando a assistência médica à LLC.

Com o cadastro e a participação efetiva dos centros brasileiros que lidam com a patologia, o Registro pretende obter um estudo de caso que possibilite análises estatísticas e comparativas da doença – que é o tipo predominante de leu­cemia entre os adultos maiores de 60 anos.

Para fazer parte do Registro Nacional de LLC, é preciso que o médico crie o próprio cadastro e de seus pacientes – os dados são mantidos em sigilo – pelo site www.llc.unifesp.br. Quem desejar pode participar do grupo sem realizar o cadastro online, participando das reuniões presenciais ou via Skype.

 


 

Legislação
Venda de inibidores
de apetite é liberada pelo Senado

O Senado Federal liberou a venda de inibidores de apetite, no último dia 2 de setembro, suspendendo o veto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em vigor desde dezembro de 2011. Com a aprovação no plenário, remédios para emagrecer com as substâncias femproporex, mazindol e anfepramona (do grupo de anfetaminas e seus derivados) poderão ser comercializados. Na medida também está aprovada a venda de sibutramina, que anteriormente possuía regras rígidas para venda.

Mas a polêmica na proibição da venda de inibidores de apetite ainda persiste. A Vigilância Sanitária e parte dos profissionais da saúde são contra a comercialização, enquanto médicos que usam esses remédios para tratamentos e a indústria farmacêutica alegam que a proibição é prejudicial a quem realmente precisa do medicamento.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado o projeto que libera a venda, em abril de 2014. Com a liberação pelo Senado, o projeto não precisará passar por sanção presidencial. Seguirá para ser promulgado em sessão do Congresso, o que ocorrerá após as eleições.

 


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