CAPA
CARTA ABERTA (pág.2)
SUS: direito ao atendimento de qualidade
ENTREVISTA (pág.3)
Roberto Luiz d'Avila
MOBILIZAÇÃO NACIONAL (pág.4)
Protestos contra entrada de médicos estrangeiros sem revalidação
PROPOSTA (pág.5)
MS promete grupo de trabalho para analisar carreira no SUS
MOVIMENTO MÉDICO (pág.6)
Plano de carreira da SES é contestado por médicos
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.7)
Médicos devem denunciar casos de abuso de planos de saúde
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.8)
Prontos-socorros do Estado: situação catastrófica
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.9)
Irregularidades em mais da metade dos PSs fiscalizados
PROJETO DE LEI (pág.10)
Regulamentação da atividade médica é aprovada pelo Senado
EXAME DO CREMESP (pág.11)
Conselho promove parceria com escolas para a elaboração da prova
ELEIÇÃO DO CREMESP (pág13)
Pleito define diretores e conselheiros da gestão 2013-2018
CHAPA 1 (pág.14)
UNIDADE MÉDICA
CHAPA 2 (pág.15)
OPOSIÇÃO UNIDA
GALERIA DE FOTOS
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.9)
Irregularidades em mais da metade dos PSs fiscalizados
Equipe médica incompleta
Dificuldade de encaminhar pacientes contribui para superlotação dos PSs
Dos 71 prontos-socorros inspecionados, 41 estavam com a equipe médica de plantão incompleta, o equivalente a 57,7%. Outros 42,3%, ou 30 unidades do total, tinham o plantão preenchido nas 24 horas. A Resolução CFM nº 1451 de 1995 estabelece que a equipe mínima de um pronto-socorro deve contar com profissionais das áreas de Anestesiologia, Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ortopedia. A presença da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia também foi considerada nessa pesquisa. Vale lembrar que, além da equipe mínima estabelecida por resolução, o plantão de cada PS é definido pelo órgão gestor, de acordo com seu porte e características, como demanda, área de abrangência e especialidades de referência.
A ausência de profissionais não se refere a eventuais faltas no dia da vistoria, mas sim ao quadro de médicos – preenchido ou não – referente ao plantão em questão.
Quase todos os diretores ouvidos atribuíram a falta de profissionais a dificuldades de contratação. Entre elas, a mais citada foi o “nível salarial não atrativo”, observado por 74,5% dos diretores de unidade, seguido pelo excesso de demanda (citado por 46,2%), pela equipe médica insuficiente (29,4%), além de “dificuldade de acesso” (13,6%) e “local inseguro” (11,5%).
Médicos insatisfeitos
A maioria dos médicos que atende nos prontos-socorros (65%) vistoriados pelo Cremesp não está satisfeita com a unidade onde trabalha. Entre eles, 63,9% são homens. Cerca de 35% têm 45 anos ou mais de idade. No universo analisado, 44,8% estão no local de trabalho há menos de três anos, o que revela a alta rotatividade. Cerca de 70% deles têm dois ou três empregos e 15% trabalham em quatro lugares.
Sem chefia de plantão e médico diarista
A chefia de plantão e a presença de médicos diaristas não foram encontradas em 46,5% dos serviços vistoriados. A classificação de risco, a escala de plantão afixada e a passagem de plantão não foram observadas em mais de 25% dos serviços. Os protocolos de acolhimento e de triagem com classificação de risco (prática não adotada em 32,4% dos PSs) buscam direcionar de maneira racional e humanitária a demanda da porta de entrada.
Atividades e rotinas | Classificação de risco | Escala de plantão afixada | Chefe de Plantão | Passagem de plantão | Presença de médico diarista |
---|---|---|---|---|---|
Não | 32,4% | 31,0% | 46,5% | 25,4% | 46,5% |
Sim | 66,2% | 66,2% | 50,7% | 73,2% | 50,7% |
Não informado | 1,4% | 2,8% | 2,8% | 1,4 | 2,8% |
Total | 100,0% | 100,0% | 100,0% | 100,0% | 100,0% |
Fonte: Cremesp/DEF
Maioria dos PSs vistoriados são públicos municipais
A fiscalização do Cremesp contemplou 71 serviços de pronto-socorro adulto, vinculados ao SUS, que operam anexos a hospitais (67 deles) ou de forma isolada (4 PSs) e que são administrados pelo Estado, municípios ou instituições filantrópicas, em gestão direta (80,3%) ou por meio de OSs – Organizações Sociais (19,7%).
Do total de serviços inspecionados, 30 deles (42,2%) são públicos municipais, administrados por prefeituras; 22 (ou 31,0%) são filantrópicos, geralmente Santas Casas; 16 deles (ou 22,5%) são de natureza pública estadual, administrados pelo governo estadual; e três (4,3%) são serviços privados contratados, conveniados ao SUS. No conjunto, 57 deles (ou 80,3%) estão sob administração direta do município, Estado ou instituição filantrópica. Os outros 19,7% – 14 deles, no total – são geridos por Organizações Sociais (OSs), por meio de contrato de gestão do governo estadual ou municipal com a organização.
Natureza | Nº | % |
---|---|---|
Público Municipal | 30 | 42,2 |
Filantrópico | 22 | 31,0 |
Público Estadual | 16 | 22,5 |
Privado/contratado | 3 | 4,3 |
Total | 71 | 100,0 |
Fonte: Cremesp/DEF
Modalidade de gestão | Nº | % |
---|---|---|
Administração direta | 57 | 80,3 |
Organizações Sociais | 14 | 19,7 |
Total | 71 | 100,0 |
Fonte: Cremesp/DEF