CAPA
EDITORIAL (pág.2)
Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág.3)
José de Filippi Júnior
DEPENDÊNCIA QUÍMICA (pág.4)
Saúde mental
SAÚDE PÚBLICA (pág.5)
Gravidez na adolescência
PRÓ-SUS (pág.6)
Trabalho médico na saúde pública
ESPECIALIDADES (pág.7)
Nova área de atuação médica
COLUNA CFM (pág.8)
Artigos dos representantes de São Paulo no Conselho Federal
AGENDA DA PRESIDENCIA (pág.9)
Participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe
EXAME DO CREMESP (pág.12)
Em reunião, faculdades de Medicina recebem resultados
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.2)
Edição 300: a luta do Cremesp em defesa dos médicos e da sociedade
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.3)
Edição 300: diferentes fases gráficas retratam a evolução do Cremesp
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.4)
Edição 300: relato das atuações do Cremesp como agente da sociedade (Parte 1)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.5)
Edição 300: JC relata atuação do Conselho como agente da sociedade (Parte 2)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.6)
Edição 300: o JC também mostrou as lutas para a melhora da saúde pública
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.7)
Edição 300: entidades na luta por melhor atendimento na saúde suplementar
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.8)
Edição 300: Cremesp manifesta sua posição por um ensino de qualidade
GALERIA DE FOTOS
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.8)
Edição 300: Cremesp manifesta sua posição por um ensino de qualidade
Defesa do exame de final de curso mobiliza o Cremesp por décadas
Jornal manifestou a posição do Cremesp por um ensino de qualidade e exame de proficiência para os egressos das escolas médicas
Criado em 2005, o Exame do Cremesp passou a ter participação obrigatória a partir de 2012
A QUALIDADE DO ensino médico, a abertura indiscriminada de novas escolas e a necessidade de um exame de final de curso mobilizam o Conselho desde as edições dos anos 80 e estão entre os temas mais tratados ao longo das 300 edições do Jornal do Cremesp, ao lado de questões como planos de saúde, ética e saúde pública. A edição 299, do Jornal de dezembro, anuncia que o ensino médico tinha sido reprovado, informando que “54,5% dos egressos de escolas paulistas não passam no Exame do Cremesp”. A resolução que tornou o exame obrigatório foi estampada nas edições anteriores.
Sem poderes legais para estabelecer um exame de ordem – como o que existe para os formandos em Direito –, o Conselho se valeu da própria legislação para condicionar o registro profissional à participação no Exame do Cremesp. A resolução 239/12 foi capa da edição de julho de 2012, anunciando que o “Exame do Cremesp será exigência para registro profissional” e informando que a “Inscrição no CRM não estará condicionada à aprovação ou desempenho nas provas”.
Discussão histórica
O CONSELHO REALIZOU provas voluntárias entre os anos de 2005 a 2011. O Jornal do Cremesp ilustra em muitas edições as diversas fases desse empenho que levou ao atual estágio.
A edição de março de 1982, três décadas atrás, foi quase toda voltada para o “ensino e mercado de trabalho”. A pergunta que se fazia era: Fechar escolas resolve?. Nos anos seguintes, aumentou o debate em torno de uma prova para recém-formados. Em março de 1990, um encarte do Jornal anunciava que o “Exame do Cremesp já é realidade”. A prova, em parceria com a APM e convênio com a Fundação Carlos Chagas, tinha caráter voluntário. No segundo exame, divulgado na edição de dezembro de 1990, 56% dos candidatos tinham sido aprovados.
Essa primeira versão do Exame foi curta. A diretoria eleita para o período 1993-1998 anunciou, na primeira edição de 1994, o fim do Exame de Qualificação, como era chamado. Alegava que a prova era uma “distorção”, pois se “propunha a avaliar o produto final, não contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino médico”. Na edição de abril do ano seguinte, a diretoria se posicionou contra a Medida Provisória 938, que estabelecia obrigato-riedade de alunos egressos de Direito, Engenharia, Medicina e outras áreas de saúde serem submetidos à avaliação.
Os debates provocados pelo Exame do Cremesp estamparam as páginas do Jornal e da imprensa em geral. Entidades, médicos e sociedade defendiam a manutenção e aprimoramento do Exame. Na edição de julho de 2005, quando foi iniciado o segundo período do exame, o Jornal do Cremesp divulgou a campanha Bons Estudantes. Bons Médicos. A Sociedade Agradece.
Por melhor qualidade de ensino
EM MEIO À POLARIZAÇÃO do debate sobre a qualidade do ensino e a criação de um exame de ordem, o CFM propôs, em 1991, a criação da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (Cinaem), composta pela Fenam e AMB, além de representantes de professores, alunos, residentes e reitores. A proposta era avaliar e transformar as escolas médicas, aproximando o ensino da realidade concreta de saúde da população, com ênfase em uma formação generalista e feita em sintonia com o SUS.
A Cinaem já estava na sua terceira fase, buscando implantar as propostas curriculares, quando foi dissolvida em 2002. No ano anterior, durante encontro na sede do Cremesp, tinha sido criada a Cinaem-São Paulo.
Na mesma esteira em defesa da qualidade do ensino, o Conselho se empenhou contra a abertura de novas escolas médicas. Na edição de outubro de 1999, no Dia do Médico, o Jornal do Cremesp anunciou a campanha Novos cursos de medicina fazem mal à saúde. Apesar dos protestos, e do parecer contrário do Conselho Nacional de Saúde, sete escolas médicas foram abertas em SP entre 1996 e 2003, chegando a 25. Em 2004, o Conselho lançou nova campanha, alertando: Proteja-se. Lute pela proibição de novos cursos de Medicina. Na edição de dezembro de 2012, o Jornal do Cremesp informou que o número de escolas já chegava a 36 e o total de médicos passava dos 106 mil.