CAPA
EDITORIAL (pág.2)
Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág.3)
José de Filippi Júnior
DEPENDÊNCIA QUÍMICA (pág.4)
Saúde mental
SAÚDE PÚBLICA (pág.5)
Gravidez na adolescência
PRÓ-SUS (pág.6)
Trabalho médico na saúde pública
ESPECIALIDADES (pág.7)
Nova área de atuação médica
COLUNA CFM (pág.8)
Artigos dos representantes de São Paulo no Conselho Federal
AGENDA DA PRESIDENCIA (pág.9)
Participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe
EXAME DO CREMESP (pág.12)
Em reunião, faculdades de Medicina recebem resultados
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.2)
Edição 300: a luta do Cremesp em defesa dos médicos e da sociedade
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.3)
Edição 300: diferentes fases gráficas retratam a evolução do Cremesp
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.4)
Edição 300: relato das atuações do Cremesp como agente da sociedade (Parte 1)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.5)
Edição 300: JC relata atuação do Conselho como agente da sociedade (Parte 2)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.6)
Edição 300: o JC também mostrou as lutas para a melhora da saúde pública
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.7)
Edição 300: entidades na luta por melhor atendimento na saúde suplementar
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.8)
Edição 300: Cremesp manifesta sua posição por um ensino de qualidade
GALERIA DE FOTOS
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.7)
Edição 300: entidades na luta por melhor atendimento na saúde suplementar
30 anos de luta dos médicos por uma assistência digna aos cidadãos
Médico migrou de liberal a assalariado, mostrando uma situação de precariedade na relação com as operadoras de saúde
ALGUÉM ESTRANHO ao sistema de saúde brasileiro, que venha a folhear as páginas do Jornal do Cremesp, achará incompreensível a batalha travada entre entidades médicas e empresas de saúde suplementar. Mais do que garantir assistência aos pacientes, como é da sua missão, os médicos estão tendo que lutar para poder oferecer esses cuidados. Empresas de medicina de grupo, criadas supostamente para facilitar a relação entre médicos e pacientes, se transformaram num muro de imposições e restrições. O juiz dessa questão, a agência reguladora, debate-se entre as partes, com poucas intervenções.
Manchetes, títulos e editoriais do Jornal do Cremesp mostram que um ambiente de respeito entre as partes está longe de ser instalado. Mostra também que poderia ser pior, pois o empenho de entidades como o Cremesp, CFM, APM, AMB e Fenam conseguiu vitórias e avanços importantes nessa relação.
JÁ NO ANO DE 1981, o jornal alertava sobre a proliferação de empresas de medicina de grupo e a presença do capital estrangeiro. O vínculo empregatício se tornava ainda mais precário. De profissionais liberais autônomos, o médico passava a assalariado, muitos sem sequer o direito trabalhista da carteira assinada.
EM QUASE TODAS as edições de 2011 e 2012, os protestos reivindicando reajustes nos honorários por parte dos planos de saúde estão entre as principais notícias. O jornal de maio de 2011 anuncia a campanha Luto pela Saúde contra decisão da Secretaria de Direito Econômico (SDE) de proibir entidades médicas de liderarem movimento contra operadoras. Em julho e agosto, o jornal anuncia a ampliação das mobilizações e, em março de 2012, os médicos levantam Cartão Amarelo: “Em sinal de advertência aos planos de saúde, entidades médicas retomam o movimento nacional por melhores honorários”.
NAS EDIÇÕES DE MAIO e setembro passados, lá estavam os médicos nas ruas novamente. Sem respostas, o movimento continuou, promovendo paralisações pontuais e organizando um rodízio de “greve” por especialidade.”Médicos de São Paulo suspendem atendimento a dez operadoras”, dizia o título da edição de outubro de 2012, citando as empresas que se recusavam a apresentar propostas de negociação. “Basta aos abusos dos planos de saúde”, estampava o cartaz publicado também no jornal. A mesma edição trazia a decisão da ANS de proibir a comercialização de 301 planos de saúde por descumprimento dos prazos para consultas e outros procedimentos.
Regulamentação
A Lei 9.656 e a criação da ANS
EM SETEMBRO DE 1997, o jornal publicava a indignação de médicos e usuários com a regulamentação do sistema suplementar proposta em junho de 1998 pela Câmara dos Deputados. O Cremesp defendia, desde 1993, a aprovação da Resolução 1.401, do CFM, que obrigava os planos de saúde a cobrir todas as doenças. Em junho de 1998, foi publicada a lei 9.656 que representava um avanço ao definir padrões mínimos de cobertura, critérios para a entrada e o funcionamento das empresas. Também transferia para o Executivo a responsabilidade pela regulação e fiscalização, criando, dois anos depois, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
CBHPM
Classificação para garantir acesso e remuneração justa
A EDIÇÃO DE DEZEMBRO de 2003 anunciava um “novo dia de paralisação contra os planos de saúde”, desta vez pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). O reconhecimento de uma tabela que padronizasse os procedimentos e garantisse pagamento mínimo passou a ser uma das principais bandeiras das entidades médicas nas negociações com as operadoras de saúde. Era uma forma de garantir o acesso dos pacientes aos procedimentos e uma remuneração mínima aos profissionais. Já em janeiro de 2004, ano de intensa mobilização do Cremesp e dos médicos, o jornal trazia editorial defendendo a “recomposição dos valores dos honorários” e prioridade “na adoção da CBHPM” como compromisso conjunto das entidades médicas. Em outubro de 2004, Jornal do Cremesp e Revista da APM lançam “edição especial conjunta”, ressaltando a importância de uma “entidade médica única” e anunciando a realização de “plenárias nacionais” em defesa da CBHPM. Em junho de 2007, o jornal divulgou em “edição extra” a aprovação da classificação pela Câmara Federal. Até agora, o projeto não foi votado no Senado.