CAPA
EDITORIAL (pág.2)
Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág.3)
José de Filippi Júnior
DEPENDÊNCIA QUÍMICA (pág.4)
Saúde mental
SAÚDE PÚBLICA (pág.5)
Gravidez na adolescência
PRÓ-SUS (pág.6)
Trabalho médico na saúde pública
ESPECIALIDADES (pág.7)
Nova área de atuação médica
COLUNA CFM (pág.8)
Artigos dos representantes de São Paulo no Conselho Federal
AGENDA DA PRESIDENCIA (pág.9)
Participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe
EXAME DO CREMESP (pág.12)
Em reunião, faculdades de Medicina recebem resultados
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.2)
Edição 300: a luta do Cremesp em defesa dos médicos e da sociedade
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.3)
Edição 300: diferentes fases gráficas retratam a evolução do Cremesp
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.4)
Edição 300: relato das atuações do Cremesp como agente da sociedade (Parte 1)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.5)
Edição 300: JC relata atuação do Conselho como agente da sociedade (Parte 2)
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.6)
Edição 300: o JC também mostrou as lutas para a melhora da saúde pública
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.7)
Edição 300: entidades na luta por melhor atendimento na saúde suplementar
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.8)
Edição 300: Cremesp manifesta sua posição por um ensino de qualidade
GALERIA DE FOTOS
SUPLEMENTO ESPECIAL (pág.4)
Edição 300: relato das atuações do Cremesp como agente da sociedade (Parte 1)
Uma história de compromissos com a ética e a democracia
Jornal tem relatado atuação do Cremesp como agente da sociedade, além de sua função judicante
O JORNAL DO CREMESP nasceu da “necessidade de manifestação”, como já anunciava seu primeiro editorial ao lembrar o slogan da época, “por um Conselho que se manifeste”. Manifestação e participação passaram a ser atitudes prevalentes numa categoria cuja atuação e presença avançaram muito além das salas de consultório e de cirurgia. As 300 edições do Jornal do Cremesp mostram um Conselho não mais voltado apenas para suas reivindicações e atento às doenças de seus pacientes. Ele foi além de sua função judicante, de zelar pela ética médica –, envolvendo-se como entidade cidadã nos principais episódios civis e políticos pelos quais passou o país. Tomou a frente em resoluções emblemáticas, como Aids, reprodução assistida, aborto, parto domiciliar e terminalidade da vida. E assumiu posições corajosas aos denunciar o acobertamento de crimes pela ditadura militar.
AS PRIMEIRAS EDIÇÕES foram dedicadas à “mobilização da classe”, alertando para o “risco de decadência da profissão se não houver uma defesa organizada dos interesses da categoria”. Acusações de erros médicos e críticas pela participação em greves – frequentes na imprensa da época – eram atribuídas à “entrada de grupos estrangeiros interessados na exploração lucrativa do atendimento médico”.
QUANDO A PUBLICAÇÃO foi lançada, em abril-maio-junho de 1979, o regime militar acenava com uma abertura democrática, pressionado pelos movimentos civis. No ano anterior, o Cremesp já adotara um novo rumo político, posicionando-se ao lado dos que lutavam pela democracia. Um dos primeiros atos foi a adesão à Declaração de Tóquio sobre torturas a prisioneiros, aprovada em outubro de 1975 pela 29ª Assembleia Médica Mundial, afetando, em pleno regime militar, todos os profissionais de saúde que colaboraram com atos de violência cometidos por agentes da repressão.
EM OUTRA FRENTE, ainda contra o autoritarismo e a repressão, o Cremesp realiza, em agosto de 1981, ato “histórico” de desagravo a colegas demitidos do HSPE, por conta de paralisações. Em apenas três dias, o interventor superintendente – resquício do regime militar – demitiu 91 funcionários. O ato foi considerado o primeiro desse tipo encabeçado pelo Cremesp e seguido do apoio da imprensa em geral e da população.
EM 21 DE ABRIL de 1985, a morte de Tancredo Neves, no Instituto do Coração em São Paulo, comoveu o país e levantou suspeitas envolvendo as equipes médicas que cuidaram de sua saúde. O Cremesp tomou a iniciativa, criando uma comissão de sindicância que em dez meses produziu um dossiê de 1,7 mil páginas. Na edição de março de 1986, o Jornal do Cremesp publicava a conclusão da sindicância que apontava que não houve falhas no atendimento médico, colocando um fim a dúvidas que pairavam sobre a população.
Diretas já
O JORNAL ACOMPANHOU de perto o envolvimento do Cremesp nas campanhas e manifestações políticas. A edição de dezembro de 1983 trazia matéria com o título “Cremesp defende eleições diretas para a presidência da República”.
Em todas as campanhas políticas que se seguiram, o jornal abriu suas páginas para que candidatos a prefeito e governador de São Paulo, além de candidatos à presidência da República, defendessem seus programas na área da saúde.
A “tragédia de maio”
Em coletiva de imprensa, Cremesp apresenta relatório de esclarecimento sobe vítimas de violência em SP
ENTRE OS DIAS 12 e 20 de maio de 2006, 493 corpos deram entrada no IML central de São Paulo, vítimas de morte violenta. O período foi marcado pelo ataque de grupos criminosos contra integrantes das forças policiais, que responderam com mais violência. Uma comissão do Cremesp, que deu apoio aos médicos legistas do IML, participou da análise confirmando que 132 mortos naquele período tinham ferimentos por arma de fogo. A investigação do Cremesp mostrou o excesso do governo. A edição de março de 2007 lembrou um ano da “tragédia de maio”, com ato público integrado pelo Cremesp em protesto contra a violência.