CAPA
EDITORIAL
Democracia e ética na política
ENTREVISTA
Gonzalo Vecina Neto
ARTIGOS
Sérgio Arouca e Sezifredo Paz são os convidados desta edição
SAÚDE DO MÉDICO
Rede de Apoio a Médicos Dependentes Químicos
GERAL 1
ISS, INSS e Rodízio Municipal
SAÚDE SUPLEMENTAR
O reajuste cedido pela ANS aos Planos e Saúde
ESPECIAL
Cursos de Medicina
GERAL 2
Destaques: Cremesp pede paz e Dia Mundial da Saúde
GERAL 3
Sindimed, Eleições, Dilemas da Profissão Médica e Isotretinoína são os destaques este mês
GERAL 4
Confira as novidades do site do Cremesp e do site de Bioética
AGENDA
Fatos mais importantes que marcaram o mês
NOTAS
Destaque desta seção: Programa Alfabetização Solidária
PARECER
Prontuário Médico
INFORME TÉCNICO
Síndrome Respiratória Aguda Grave
GALERIA DE FOTOS
GERAL 2
Destaques: Cremesp pede paz e Dia Mundial da Saúde
Serviços
Cursinhos facilitam acesso de estudantes de baixa renda às universidades
Os estudantes de baixa renda que moram na cidade de São Paulo contam com dois cursinhos pré-vestibulares onde, gratuitamente ou pagando uma mensalidade bem menor do que os convencionais, podem se preparar melhor para tentar entrar na faculdade.
Um deles é o Med Ensina, fundado pelos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em setembro de 2002. Em caráter experimental foi montada uma turma de alunos que teve aulas em novembro e dezembro de 2002.
Totalmente gratuito, o Med Ensina montou, em fevereiro deste ano, sua primeira turma do curso extensivo, com 180 alunos matriculados.
O Med recebeu 2.000 inscrições e foi feita uma prova de conhecimentos gerais, na qual foram aprovados 500 alunos que passaram por avaliação socio- econômica. A taxa de inscrição cobrada foi de R$ 5,00. As aulas são ministradas na FMUSP por alunos matriculados do 1º ao 6º ano da faculdade.
Poli
Com capacidade para atender até 15.000 alunos, o Instituto do Grêmio Politécnico da USP para Desenvolvimento da Educação (cursinho da Poli) foi fundado em 1987 pelo Grêmio Politécnico da USP com o objetivo de promover a democratização do acesso à universidade. O cursinho ficou dentro da própria Universidade até 1995.
Sem fins lucrativos, é um projeto auto-sustentável, que cobra uma taxa de manutenção que varia de R$ 110,00 a R$ 167,00, de acordo com o curso e o período, para cobrir despesas com material didático e manutenção do prédio. Após a matrícula o aluno que não tiver condições para pagar a taxa de manutenção pode solicitar bolsa auxílio financeiro.
A Poli oferece três modalidades de curso durante o ano: extensivo, com nove meses de aula; semi-extensivo, com seis meses; e semi-intensivo, com quatro meses. As vagas são distribuídas por área e período: matutino humanas, matutino bio/exatas, vespertino, noturno humanas, noturno bio/exatas e finais de semana.
A seleção é feita através de prova de conhecimentos gerais, sem caráter eliminatório, e avaliação socioeconômica. A única exigência para fazer a inscrição é que o aluno esteja cursando o último ano ou tenha concluído o ensino médio. Este ano, 12.500 estudantes inscreveram-se no curso extensivo, iniciado em 10 de março, sendo que 12.000 efetuaram a matrícula. O maior número de inscrições foi para o período noturno. Cada candidato pagou R$ 50,00 de taxa de inscrição e R$ 5,00 pelo manual.
O índice de aprovação, medido nos vestibulares do primeiro semestre de 2003 nas Universidades Mackenzie, Pontífica Universidade Católica (PUC), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e Faculdades de Tecnologia de São Paulo (Fatecs) foi de 20%.
Cremesp pede paz
Em protesto contra a guerra e a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, o Cremesp estendeu duas faixas em alusão à paz, nos prédios da entidade localizados na Consolação e na Vila Mariana, na Capital. Em 1998 o Cremesp lançou a campanha Uso Branco pela Paz, quando denunciou que a violência interfere diretamente na vida do médico, seja como cidadão comum, seja como profissional de saúde que convive com a rotina dos hospitais e unidades que atendem vítimas da violência urbana. Na ocasião foi lançado o dossiê A Epidemia da Violência, até hoje uma importante referência sobre o estudo da violência enquanto problema da esfera da saúde pública.
Opas e OMS debatem futuro das crianças
A saúde infantil é uma das grandes preocupações mundiais. A cada ano mais de cinco milhões de crianças entre 0 e 14 anos morrem em conseqüência de doenças relacionadas a ambientes como a casa, a escola e a comunidade. Preocupadas com a alta taxa de mortalidade entre as crianças, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançaram como tema para o Dia Mundial da Saúde “O Futuro da Vida: Ambientes Saudáveis para as Crianças”.
Comemorado em 7 de abril, a data tem como principal objetivo discutir as maiores ameaças à saúde das crianças e sua relação com o ambiente no qual elas vivem, estudam e brincam. A idéia é estimular a criação de ambientes mais seguros às crianças do mundo todo.
Brasil
No Brasil, 16,8% das mortes na faixa etária entre 1 e 4 anos ocorreram devido a doenças infecciosas e parasitárias e 19,3% por doenças respiratórias. Em 16% dos domicílios brasileiros de crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos não há abastecimento de água adequado e 51,2% não têm saneamento básico, números que, só na região Nordeste, alcançam as cifras de 38,8% e 79,1%, respectivamente.
Devido a seu comportamento e fisiologia as crianças são mais vulneráveis aos riscos ambientais. Estão em crescimento e consomem mais comida, ar e água que os adultos e estão mais susceptíveis a sofrer os efeitos da poluição. As crianças também são mais curiosas e têm menos noção de que apresenta perigo.