CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Ophir Cavalcante, presidente da OAB Nacional
PLENARIA TEMÁTICA (pág. 4)
Falta integração entre serviços de urgência e emergência
COMISSÃO PRÓ-SUS (pág. 5)
Fórum Sul-Sudeste analisa gestão e financiamento da saúde
CREMESP (pág. 6)
Eleita a quarta diretoria da Gestão 2008-2013
DEMOGRAFIA MÉDICA (pág. 7)
Em 2020, distribuição de médicos continuará desigual
ENSINO MÉDICO (págs. 8 e 9)
Registro profissional dependerá de participação no Exame do Cremesp
EXAME DO CREMESP (pág. 10)
Conselho apresenta nova resolução a entidades
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Perfil dos médicos brasileiros
CFM (pág. 12)
CRM digital e portal Saúde Baseada em Evidências
REGIONAIS (pág. 13)
Unidades do interior têm novo layout para melhor atender
INFORME TÉCNICO (pg. 16)
Atestado de óbito
GALERIA DE FOTOS
PLENARIA TEMÁTICA (pág. 4)
Falta integração entre serviços de urgência e emergência
Françoso (em pé), Adalgisa, Faggioni, Mansur, Azevedo, Kron e Steinman: debate urgente e necessário
“Como o hospital não se integra, não vivencia o problema diário nos PSs” (Nacime Mansur)
“Insuficiência de leitos nas UTIs é uma tragédia” (Faggioni)
A carência de vagas nos prontos-socorros dos hospitais públicos e a participação dos hospitais terciários na disponibilidade de leitos para suprir essa demanda foram questões discutidas em plenária especial, realizada pela Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência do Cremesp, em 15 de junho.
Sob a coordenação do conselheiro Renato Françoso Filho, o encontro reuniu palestrantes que convivem com o problema, entre eles, Luiz Roberto Faggioni, 3º promotor de Justiça de Direitos Humanos (Área de Saúde Pública); e Milton Steinman e Adalgisa Borges Nogueira Nomura, membros da Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência; além de Nacime Mansur, diretor 2º secretário e conselheiro do Cremesp e também superintendente da Sociedade para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM); e de Paulo Kron, representante da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Também prestigiaram o encontro Renato Azevedo Júnior, presidente da Casa, e os vereadores Gilberto Natalini e Jamil Murad.
Steinman, com a palestra Qual a participação dos hospitais terciários na disponibilidade de leitos para urgências, enfatizou que a proposta do Cremesp em estimular o debate sobre o tema é bastante pertinente. Frisou que o SUS não conta com uma organização que contemple o atendimento emergencial: “faltam especialistas que possam atender de imediato pacientes que procuram o pronto-socorro com problemas específicos, por exemplo, respiratórios e cardiológicos”.
A falta de vagas hospitalares para urgência na visão do SAMU foi discutida por Kron, que mostrou um panorama da rede hospitalar que recebe pacientes por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), com cerca de 2,6 leitos de UTI na cidade de São Paulo, direcionados para o SUS. “Não são poucos”, garantiu, “mas a dificuldade na otimização do sistema prejudica de forma expressiva a agilização desse fluxo”.
Ele chamou a atenção para o progresso obtido pelas unidades do SAMU, “não apenas de pessoal qualificado, que hoje somam cerca de 3 mil profissionais, mas também pela aquisição de motos, que representam uma base importante para o serviço ao paciente que necessita de agilidade no primeiro atendimento”. Entretanto, Kron lembrou que a sensação de melhora no atendimento demora a aparecer porque é preciso agilizar a integração entre as instituições hospitalares e as unidades móveis.
Abordando a Regulação do acesso e as redes regionais de atenção à saúde, Adalgisa Nomura apontou as dificuldades do sistema, refletidas desde o traslado dos pacientes à falta de leitos nas UTIs neonatais e carência de médicos especializados em determinadas unidades.
Em sua palestra, Como resolver a falta de vagas para as urgências nos hospitais, Nacime Mansur alertou para a compartimentalização do sistema de saúde, considerado por ele como erro grave, o que torna o PS um segmento à parte da instituição hospitalar. “Como o hospital não se integra, não vivencia o problema diário do atendimento realizado nas unidades de urgência e emergência”. Segundo Nacime, é necessário investir em gestões hospitalar, clínica e de leitos.
Faggioni lembrou que o número reduzido de leitos nas UTIs, tanto no âmbito municipal quanto estadual, é “uma tragédia”. Depois de dar uma visão geral do número de leitos em vá¬rios hospitais da cidade de São Paulo, apontou também a falta de médicos nas UTIs, associada principalmente à baixa remuneração, que não estimula o profissional a dedicar-se integralmente.
Audiência pública
Câmara avalia atendimento na cidade de São Paulo
Debate com parlamentares: em busca de respostas
Para avaliar os mecanismos e ações de atendimento das unidades de urgência e emergência no município de São Paulo e estimular ideias e propostas capazes de solucioná-los, com efetividade, no curto e médio prazos, representantes do poder público, de entidades médicas e hospitalares se reuniram no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 27 de junho.
O Cremesp esteve representado pelo conselheiro e coordenador da Câmara Técnica de Urgência e Emergência da Casa, Renato Françoso Filho.
Para Françoso, iniciativas como essa, da Câmara Municipal de São Paulo, vem ao encontro do que a sociedade espera do poder legislativo. “O principal objetivo é apresentar soluções para o grande problema da assistência médica, especialmente aquelas que ocorrem no dia a dia nas unidades de emergência e urgência”, salientou.
A sessão foi realizada pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo, sob a coordenação do vereador Jamil Murad (PC do B), e contou com a presença do vereador Gilberto Natalini (PV) e de outros parlamentares.