CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Luiz Alberto Bacheschi
ATIVIDADES 1 (pág. 3)
Renato Azevedo substitui Luiz Alberto Bacheschi, à frente da Casa desde janeiro de 2010
PLANOS DE SAÚDE 1 (pág. 4)
Síntese do movimento de 7 de abril
PLANOS DE SAÚDE 2 (pág. 5)
Passeata reuniu centenas de médicos na Praça da Sé
ATIVIDADES 2 (pág. 6)
Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp
GERAL 1 (pág. 7)
Diretores e conselheiros do Cremesp marcam presença no evento em Goiânia
BALANÇO 1 (págs. 8 e 9)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
BALANÇO 2 (págs. 10 e 11)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
BALANÇO 3 (págs. 12 e 13)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp previnem falhas éticas causadas pela desinformação
COLUNA DO CFM (pág. 16)
Canal de comunicação dos representantes de São Paulo no CFM
GALERIA DE FOTOS
PLANOS DE SAÚDE 1 (pág. 4)
Síntese do movimento de 7 de abril
Representantes das entidades médicas nacionais recebem jornalistas na sede da AMB
Médicos aderem em massa à paralisação
Em todo o país os médicos suspenderam, em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, o atendimento a planos e seguros de saúde. Em diversos centros os profissionais foram às ruas para alertar a opinião pública sobre o desrespeito das operadoras, as graves interferências na autonomia do médico e a defasagem inaceitável dos honorários.
Visibilidade na mídia
A paralisação teve imensa repercussão e visibilidade nos meios de comunicação. Já no dia 5 de abril, dois dias antes da mobilização, representantes das entidades nacionais – AMB, CFM e Fenam – apresentaram a pauta de reivindicações, dados do setor e adiantaram os rumos do movimento.
Bandeiras
A manifestação do dia 7 de abril foi pautada em três prioridades:
- Reajustes de honorários, tendo como balizador os valores da CBHPM Sexta Edição;
- Regularização dos contratos conforme a Resolução ANS nº 71/2004, que prevê critérios e periodicidade de reajustes
- Ações no Congresso Nacional, visando a aprovação de projetos de lei que contemplem a relação entre médicos e planos de saúde.
Próximos passos
Em abril e maio ocorrerão as negociações com as operadoras. Entre final de maio e inicio de junho serão convocadas, pelas Comissões de Honorários Estaduais ou Regionais, assembleias dos médicos para avaliar as respostas das empresas de planos e seguros de saúde. Caso não ocorra uma evolução satisfatória, poderão ser defla¬gradas novas paralisações e até mesmo descredenciamento coletivo de médicos.
Opinião e repercussão
“O alerta foi dado às operadoras e à sociedade. De agora em diante, esperamos que seja feita uma negociação real pelas empresas para acabar com a defasagem dos honorários e as interferências abusivas” - Aloísio Tibiriçá Miranda, 2º vice-presidente do CFM e coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu).
“Há no mercado inúmeros planos de saúde que enganam a população, pois são incompatíveis com a boa Medicina, credenciam poucos médicos e praticam honorários irrisórios com a conivência da ANS” - Márcio Bichara, diretor da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
“Com o desequilíbrio dos reajustes, aumentou a jornada de trabalho, diminuiu a participação dos médicos em eventos de atualização e caiu a qualidade do atendimento” -
Florisval Meinão, 1° secretário da AMB.
“Este é o ano de dar um basta à exploração do trabalho médico pelos planos de saúde, à perda de nossa autonomia e aos honorários vis praticados” - Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp.
“O saldo é mais que positivo, com a grande presença dos médicos no ato e com o apoio da população, da imprensa , de outros profissionais de saúde, dos hospitais, da seção São Paulo da OAB, dos órgãos de defesa do consumidor. A caminhada é longa mas não estamos sozinhos” - Cid Carvalhaes, presidente do Simesp e da Fenam.
“Nunca havia participado de uma mobilização como essa. O movimento médico está coeso e sintonizado sobre a importância da mudança dessa grave situação. Vamos fortalecer o movimento nas bases e esperamos que os avanços ocorram rapidamente” - Jorge Machado Curi, presidente da APM.
Movimento divulga os valores irrisórios das consultas e procedimentos médicos
Além de a consulta valer apenas R$ 40 em média, contra o mínimo de R$ 62 reivindicado pelas entidades médicas, as operadoras chegam a pagar R$ 25 por uma consulta e R$ 162 por uma cesariana, dentre outros valores absurdos destacados no quadro a seguir.
Cerca de 160 mil médicos atendem planos de saúde em todo o país e realizam por ano 223 milhões de consultas e 4,8 milhões de internações.
Em sete anos, enquanto o valor da consulta aumentou cerca de 44%, os planos de saúde tiveram 129% de incremento no faturamento, que chegou a ultrapassar R$ 70 bilhões em 2010.
Tipo de procedimento | Valor Médio pago | Menor Valor pago |
Consulta médica em consultório | 39,65 | 25,00 |
Cesariana (feto único ou múltiplo) | 284,18 | 161,92 |
Cateterismo cardíaco | 305,47 | 149,07 |
Visita médica em hospital | 44,80 | 35,00 |
Cirurgia de varizes (bilateral, dois membros) | 373,40 | 164,20 |
Cirurgia de nariz (turbinectomia) | 96,21 | 44,88 |
Visita médica em hospital | 44,80 | 35,00 |
Apendicectomia* | 483,70 | 381,86 |
Sutura de pequenos ferimentos | 38,45 | 27,75 |
Exame de colo de útero (colposcopia) | 19,74 | 16,22 |
Eletrocardiograma | 16,20 | 10,02 |
Remoção de cera no ouvido (cerumen) | 15,51 |
|
Medição de pressão do olho (tonometria) | 9,48 | 6,50 |
Imobilização de membros (sem gesso) | 8,05 | 6,29 |
*Honorário do cirurgião
Fontes: Fenam/Cremesp/APM – valores praticados pelos principais planos de saúde de Belo Horizonte e São Paulo. Em outros centros, há planos que praticam valores ainda menores.