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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Gabriel Oselka, coordenador do Centro de Bioética do Cremesp


PLENÁRIA ESPECIAL (págs. 4 e 5)
Cremesp recebe a visita de Giovanni Guido Cerri


ATIVIDADES DO CREMESP 1 (pág. 6)
Fórum Nacional: uma síntese do encontro realizado em dezembro


LEGISLAÇÃO (pág. 7)
A obrigatoriedade do registro do título de especialista


SAÚDE BRASIL (págs.8 e 9)
Índices de estudo do Ministério da Saúde são positivos


GERAL 1 (pág. 10)
ICB altera solução para conservação de material de estudo


SUS (pág. 11)
Projeto de Lei Complementar 45/2010


GERAL 2 (pág. 12)
Opinião de Conselheiro: Pedro Teixeira Neto*


COLUNA DO CFM (pág. 13)
Canal de comunicação dos representantes do Estado no CFM com médicos e sociedade


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Previna falhas éticas causadas por mera desinformação


GERAL 3 (pág. 15)
Atividades da presidência durante janeiro e fevereiro


ESPECIALIDADES (pág. 16)
O número de especialistas no país supera 6 mil


GALERIA DE FOTOS



Edição 278 - 01-02/2011

ESPECIALIDADES (pág. 16)

O número de especialistas no país supera 6 mil


OTORRINOLARINGOLOGIA

A otorrinolaringologia – considerada uma das especialidades médicas mais complexas – surgiu com a fusão da otologia e laringologia, no século XX. O médico otorrino é designado ao estudo e tratamento das patologias laringológicas (laringe), rinológicas (nariz) e otológicas (ouvido). Esse profissional também é habilitado a realizar cirurgias faciais de recuperação e estéticas, exceto aquelas relacionadas ao cérebro, olhos e dentes. Existem cerca de 6,5 mil otorrinolaringologistas brasileiros, 2,45 mil só no Estado de São Paulo, sendo que o país destaca-se no cenário internacional devido ao nível de excelência do conhecimento científico produzido.

“Os médicos otorrinos brasileiros apresentam um alto nível de especialização. Desde os procedimentos mais simples até os de alta complexidade são reconhecidos internacionalmente; e os hospitais brasileiros recebem regularmente estagiários de várias partes do mundo”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Ricardo Bento. Ele destaca que, apesar da excelência da especialidade no país, o setor público ainda enfrenta muitos problemas. “As condições de trabalho no sistema privado são excelentes, porém no sistema público faltam equipamentos e insumos.”

Associação Brasileira
Fundada em 21 de novembro de 1978, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABOR) – posteriormente, Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) – é a entidade que representa os otorrinolaringologistas brasileiros. A sociedade conta com 4,6 mil sócios e é responsável por regulamentar, fiscalizar e promover o ensino e a pesquisa da área.

APO
Em 19 de novembro de 1997, data de sua criação, a Associação Paulista de Otorrinolaringologia (APO) atuava como Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Paulista de Medicina. Posteriormente adquiriu maior autonomia e hoje atua como sede regional da ABORL-CCF.

A entidade tem o objetivo de congregar os médicos otorrinolaringologistas do Estado de São Paulo, interessados em fomentar o progresso, o aperfeiçoamento e a difusão da especialidade; defender a ética e os interesses de seus membros; promover atividades científicas nos âmbitos regional e internacional; e representar a especialidade junto à APM e à ABORL-CCF. “A otorrinolaringologia brasileira, particularmente a do Estado de São Paulo, equipara-se ao que há de melhor nos demais centros de ensino e pesquisa mundiais”, declara a presidente da entidade, Fátima Alves. Segundo a médica, o Congresso Mundial de Otorrinolaringologia, realizado em São Paulo, em junho de 2009, “consolidou ainda mais esta posição e mostrou também a nossa capacidade em organizar eventos científicos desta magnitude.

Além disso, o cargo de presidente da International Federation of Oto-Rhino-Laryngological Societies (IFOS) pertence a um médico brasileiro, doutor Paulo Pontes”, explica. A IFOS é a principal instituição de otorrinolaringologia em nível mundial e representa, aproximadamente, 50 mil otorrinos pertencentes a 120 nações.

História
A referência mais antiga sobre a especialidade foi encontrada nas tumbas médicas da planície de Saqqara, no Egito. Trata-se do desenho de uma traqueostomia, datado de, aproximadamente, 3.600 anos a. C. Vestígios de tratamentos otológicos foram encontrados nos Papiros de Ebers, também no Egito, em aproximadamente 1.500 a. C. O documento possui descrições específicas que relacionam ferimentos nos ossos temporais, adquiridos através de batalhas, e a sua relação com a perda da audição e da fala.

Os egípcios também foram responsáveis pelas primeiras cirurgias nasais. Como parte do processo de mumificação, que incluía a retirada dos órgãos do cadáver para possibilitar o embalsamento, o cérebro era extraído pela cavidade nasal.

Os gregos e romanos desenvolveram estudos anatômicos primitivos, fundamentados em medicina e filosofia, destacando-se Hipócrates, que se preocupava com a relação das infecções do ouvido com outros órgãos, e Cornelius Celsus, que foi o primeiro a descrever uma tonsilectomia, processo que consiste na excisão das amígdalas palatinas. Pouco se produziu no período conhecido como Idade das Trevas, e somente no Renascimento houve progresso científico.

A escola médica italiana de Bologna, comandada por Marcelo Malpighi, foi responsável por grandes avanços na área de otologia. Antonio Maria Valsalva, um dos alunos de Malpighi, dissecou mais de 1 mil cabeças humanas e escreveu o Tractarus de aure humana, no qual descreve a desarticulação da cadeia ossicular como causa da surdez.

Leonardo da Vinci foi responsável pela descrição das estruturas nasais, em 1489, mas seus desenhos só foram encontrados no início do século XX. Outro fator que impulsionou as áreas de diagnóstico e cirurgia foi a criação da endoscopia, em 1806, pelo médico alemão Phillipp Bozzini.

Cirurgias e neurocirurgias com acesso endonasal – como faziam os egípcios – aproximam os otorrinolaringologistas e os neurocirurgiões. A evolução tecnológica dos endoscópios foi fundamental para desenvolver a laringologia, assim como o campo da genética molecular mostra-se promissor para uma possível cura da surdez.

Câmara Técnica


Membros da câmara em reunião no Conselho

A Câmara Técnica de Otorrinolaringologia do Cremesp, formada em 17 de fevereiro de 2004, é coordenada pelo conselheiro Alfredo Rafael Dell’ Aringa. Tem como principal objetivo fornecer subsídios à prática da otorrinolaringologia no que tange a seus aspectos científicos, jurídicos e tecnológicos. “Junto com a ABORL-CCF, visamos adotar estratégias para a adoção de condutas que venham engrandecer a especialidade, sempre nos colocando à disposição dos colegas otorrinolaringologistas no esclarecimento de dúvidas”, destaca.

Além do coordenador, atualmente a Câmara é composta pelos membros Gabriel David Hushi, Carlos Alberto Herrerias de Campos, Oswaldo Laércio Mendonça Cruz, Silvio Antonio Monteiro Marone, Lupercio Oliveira do Valle, Ney Penteado de Castro Junior, Domingos Hiroshi Tsuji, Luc Louis Maurice Weckx, Danilo Sanches, Eliezia Helena de Lima Alvarenga e Reginaldo Raimundo Fujita.


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