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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
"A população e os médicos não suportam mais as deficiências do SUS"


ENTREVISTA (pág. 3)
Antonio Gonçalves Pinheiro, coordenador da CT de Cirurgia Plástica do CFM


ATIVIDADES 1 (pág. 4)
Araçatuba, Franca e Jaboticabal: novos módulos de atualização profissional da Casa


ATIVIDADES 2 (pág. 5)
A retomada da Educação Médica Continuada: novo formato e novos coordenadores


ATIVIDADES 3 (pág. 6)
Levantamento DataFolha: interferências dos planos de saúde prejudicam médicos e pacientes


EXAME DO CREMESP (pág. 7)
Aprovados na prova teórica serão convocados para a prática, agendada para 10 de outubro


DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (pág. 8)
"Não faltam doadores, mas doação”, afirma presidente da ADOTE


ÉTICA MÉDICA (pág. 10)
Saúde suplementar: empresários ignoram bem-estar de pacientes e o exercício, ético, da Medicina


GERAL 1 (pág. 11)
Movimento obteve 22% de reajuste e negociação das demais reivindicações


CFM (pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


ESPECIALIDADES (pág. 13)
Urologistas enfrentam desafios relacionados às oportunidades e condições de trabalho


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 2 (pág. 15)
HC prestou homenagem ao ex-superintendente em 24 de setembro


GALERIA DE FOTOS



Edição 275 - 10/2010

CFM (pág. 12)

Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


Prevenção: antídoto contra a insegurança

Desiré Carlos Callegari*
e-mail: desireimprensa@cfm.org.br

Todos nós estamos expostos a problemas relacionados à falta de segurança. Há aqueles mais explícitos, originados no assédio direto de marginais, que, infelizmente, muitas vezes invadem nossas rotinas e causam estragos nas vidas pessoal e profissional dos atingidos.

Esses casos – mais óbvios – contam com um fluxo próprio de combate e controle, que, geralmente, depende do aparato policial e investigativo do Estado.

No entanto, há outras formas de violência mais veladas, às vezes ignoradas, mas que causam tantos prejuízos quanto a agressão resultante de um assalto. No caso, nos referimos à violência decorrente do roubo de dados e informações pessoais, às quais esta¬mos sujeitos todos os dias, principalmente no universo virtual. Contra essas situações, não há ainda uma forma definida de combate. Sendo assim, olho aberto.

A preocupação fez o Conselho Federal de Medicina (CFM) soar o alerta, em setembro, junto aos seus inscritos: o alvo da recomendação publicada no site da entidade são as páginas eletrônicas que solicitam dados dos profissionais, com o discurso de valorização e mobilização da categoria.

Recomendamos aos médicos rigor ao verificar a procedência de links desconhecidos e sites, especialmente os de redes sociais, que demandam seus dados e informações.

Levantamento realizado pelo CFM aponta a existência de inúmeras páginas eletrônicas suspeitas no ar. Em princípio, amigáveis, inofensivas e simpáticas, elas oferecem oportunidades de trabalho, acesso a informações técnicas ou proporcionam ingresso a uma ampla rede de relacionamentos. Contudo, cuidado: ao dar o comando final, quem aderir pode estar – inadvertidamente – baixando todas as barreiras de proteção. As consequências podem aparecer imediatamente ou tempos depois, sob a forma de cartões clonados, perfis mentirosos ou até o uso ilegal de número de registro nos Conselhos de Medicina.

Por outro lado, ao aderir a estes sites suspeitos, o médico pode também incorrer em ilícitos éticos, o que pode resultar em inconvenientes junto aos Conselhos de Medicina.

Assim, fora o bom senso, tecnicamente recomenda-se a adoção de alguns métodos. Dica número um: instalar e manter atualizado um bom programa antivírus e o banco de assinaturas de vírus associado a ele. Sugere-se ainda desabilitar do seu programa leitor de e-mails a autoexecução de arquivos anexados às mensagens e não executar ou abrir arquivos recebidos por e-mail ou por outras fontes, mesmo que venham de pessoas conhecidas. Caso seja necessário abrir o arquivo, certifique-se de que ele foi verificado pelo programa antivírus.
 
Nossos técnicos do CFM recomendam o reforço da autoproteção, que  passa também pelo uso, na elaboração de documentos, de formatos menos suscetíveis à propagação de vírus (tais como RTF, PDF ou Post Script). Assim, não empregam, no caso de arquivos comprimidos, o formato executável. Nestas situações, adote o próprio formato compactado (por exemplo, .zip, .gzip ou .rar). Por último, é recomendado que se utilize um firewall pessoal com condições de bloquear o recebimento de cavalos de troia e spywares. Se bem configurado, o firewall pode bloquear o envio de informações coletadas por estes programas para terceiros, de forma a amenizar o impacto da possível instalação de trojans, spywares, backdoors e outros vermes da internet.

Na medicina, todos sabemos do poder da prevenção, da mudança dos hábitos de vida e da adoção de comportamentos saudáveis. Que essas lições não fiquem apenas nos consultórios ou na relação com os pacientes na hora do atendimento. Na verdade, esses cuidados valem para todos os espaços pelos quais transitamos atualmente, inclusive os digitais.

A credibilidade dos médicos
 

Renato Françoso Filho*

Em julho deste ano, a revista Época Negócios divulgou pesquisa realizada pelo instituto alemão GFK, que avaliou a credibilidade das profissões em 20 países do mundo, incluindo Estados Unidos, Colômbia e Brasil nas Américas.

Este instituto, que tem escritórios em cerca de 100 países, entrevistou mil pessoas no Brasil para sua amostragem. O que se constatou é que, tanto no Brasil, com índice de 95%, como em todo o mundo, com 92%, os bombeiros são os profissionais melhor avaliados. 

No mundo, o segundo lugar coube aos professores, com 85% de confiança, seguido pelos médicos e carteiros, com 81%. No Brasil, o segundo lugar é ocupado pelos carteiros, com 90%, e, em terceiro lugar, estamos nós, os médicos, com 82% de credibilidade, segundo esta pesquisa, estando os professores com 81%.

Como se vê, nós médicos, ocupamos posição de proa na escala de consideração das pessoas. Atingimos essa condição porque é inadmissível que não exista confiança na relação médico-paciente. Este é um dos pilares desta relação. É daí que se cria a interação necessária para o processo de diagnóstico e tratamento. O médico acredita nas informações que lhe são prestadas pelo paciente, e este no que diz o seu médico. O que deve ser motivo de preocupação para nós é por quais razões 18% da população brasileira não confia em nosso trabalho. Poderíamos elencar inúmeras razões.

A Associação Paulista de Medicina divulgou pesquisa encomendada ao Instituto Datafolha, na qual se avaliou a opinião dos médicos em relação aos planos de saúde suplementar, no que se refere, entre outros itens, ao cerceamento à atividade médica e à limitação aos procedimentos propostos. Foram entrevistados 403 médicos no Estado de São Paulo (200 na Capital e 203 no Interior), respeitando-se a proporcional distribuição geográfica.

Ao final, os médicos conferiram nota 4,7 aos planos de saúde. Nove entre dez médicos denunciam algum tipo de interferência nas suas condutas, por parte dos planos para os quais trabalham ou trabalharam, que pode estar ligada ao tempo de internação, à solicitação de exames, à internação pré-cirúrgica, ao número de exames e aos procedimentos propostos.

Talvez nessa pesquisa encontremos algumas das explicações que procuramos. Estas respostas apuradas refletem o que vive cada um de nós na prática diária: a dificuldade que temos em exercer a medicina de qualidade que desejamos.

Esta realidade nos afasta dos pacientes, criam barreiras, atrapalham a boa prática médica, deturpam a relação e empanam a confiança entre médico e paciente. Até quando iremos nos submeter à ditadura dos planos de saúde que enriquecem seus acionistas e empobrecem seus prestadores e, pior, nos afastam de nossos ideais de bem servir aos nossos pacientes? Urgem atitudes de nossa parte. Não podemos nos furtar à luta pela credibilidade junto à população.


*Desiré Carlos Callegari (titular) e Renato Françoso Filho (suplente) são representantes do Estado de São Paulo no Conselho Federal de Medicina


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