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EDITORIAL (JC pág. 2)
Eleição CFM - "Campanhas devem debater ideias e propostas" (Henrique Carlos)


ENTREVISTA (JC pág. 3
Diretor da FMUSP propõe alternativas para melhora do ensino médico


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Cremesp comemora plenária histórica nº 4.000 e homenageia conselheiros


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Acompanhe relatório final do fórum de Cooperativismo Médico


GERAL 1 (JC pág. 6)
Marcos Mercadante alerta para nº insuficiente de psiquiatras voltados para jovens


ELEIÇÃO CFM (JC pág. 7)
Médicos podem escolher o modo de voto: por correspondência ou presencial


ATIVIDADES 3 (JC págs. 8/9)
Portal do Cremesp estreia novidades, no conteúdo e no visual


ÉTICA (JC pág. 10)
A especialidade perícia médica sob os aspectos legal, ético e científico


VIDA DE MÉDICO (JC pág. 10)
Vandyck Neves da Silveira comemora 40 anos dedicados à Medicina


FARMACOVIGILÂNCIA (JC pág. 12)
Sobravime defende maior atenção na prescrição de medicamentos


GERAL 2 (JC pág. 13)
Realizações do Programa de Educação em Saúde para a Comunidade, do Cremesp


ALERTA ÉTICO (JC pág.14)
Dúvidas frequentes analisadas e esclarecidas pelo Cremesp


GERAL 3 (JC pág. 15)
Instituição comemora crescimento expressivo no primeiro ano de funcionamento


INFLUENZA A
Informações técnicas sobre o vírus influenza A - H1N1


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Edição 259 - 05/2009

INFLUENZA A

Informações técnicas sobre o vírus influenza A - H1N1


Centro de Vigilância Epidemiológica divulga orientações para os médicos

Para a vigilância e controle da infecção pelo vírus Influenza A/H1N1, a  Coordenadoria de Controle de Doenças do Centro de Vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac” (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo orienta os médicos na identificação e monitoramento dos casos suspeitos

O termo utilizado hoje pela OMS - Influenza A/H1N1 – refere-se à infecção humana pelo vírus Influenza A/H1N1 de origem suína. Este vírus foi inicialmente detectado em abril de 2009 nos EUA, a seguir no México e Canadá. Estudos realizados até o momento demonstram que o novo subtipo é decorrente de recombinação genética entre vírus suíno, aviário e humano.

Transmissão
Ocorre através de gotículas, de pessoa a pessoa, expelidas, principalmente, por meio de tosse ou espirro. Em situações especiais, o vírus poderá ser transmitido também por aerossóis. O contato com superfícies contaminadas constitui uma fonte possível de transmissão. As secreções respiratórias e os fluidos orgânicos devem ser considerados potencialmente infectantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há registro de transmissão do novo subtipo viral (Influenza A/H1N1) por meio da ingestão de carne de porco ou produtos derivados.

Período de incubação
Estima-se que possa variar de 1 a 7 dias (em média, 4 dias).

Período de transmissibilidade
A duração da eliminação do vírus com potencial de transmissão ainda é pouco conhecida, porém, estima-se que seja semelhante ao da influenza sazonal.
- Adultos – de um (1) dia antes a, aproximadamente, cinco (5) até sete (7) dias após o início dos sintomas;
- Crianças – de um (1) dia antes a, aproximadamente, 10 dias após o início dos sintomas;
- Imunocomprometidos graves – podem permanecer semanas ou meses eliminando o vírus.

Quadro Clínico
Ainda há muitas incertezas quanto à apresentação clínica e evolução dos casos. Este momento é singular, pois a comunidade mundial acompanha o desenvolvimento de uma epidemia global de curso imprevisível, porém já esperada. Até o presente, os sinais e sintomas de infecção humana pelo vírus influenza A/H1N1 são similares aos da influenza sazonal e incluem febre, anorexia e tosse; alguns casos podem apresentar coriza, dor de garganta, dispnéia, náuseas, vômitos e diarreia. O quadro de doença respiratória febril aguda estende-se desde síndrome gripal a pneumonia.

Os casos reportados na maioria dos países apresentaram quadro clínico leve/moderado, não houve evidência de contato com suínos e nem registro de óbitos. No México, a maioria dos casos confirmados ocorreu em adultos jovens previamente saudáveis, contudo com registro de óbitos.

Complicações
Há poucas informações sobre as manifestações clínicas e evolução dos casos. À semelhança da influenza sazonal, pode-se observar exacerbação das condições clínicas subjacentes de doentes crônicos (cardiopatas, pneumopatas e outros) e complicações direta ou indiretamente relacionadas ao influenza como sinusite, otite média, pneumonia viral ou bacteriana secundária.

Tratamento
A recomendação da OMS refere-se ao uso criterioso de medicamentos antivirais tendo em vista o desenvolvimento de resistência. O antiviral atualmente recomendado para o tratamento dos casos suspeitos hospitalizados é o oseltamivir (Tamiflu®).

Definição de caso suspeito de Influenza A/H1N1
Febre de início súbito, >38°C e tosse associados ou não a um ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória e ter apresentado sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos confirmados de Influenza A/H1N1 ou contato próximo (indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluídos corporais de um caso suspeito, confirmado ou provável) com suspeitos de Influenza A/H1N1, nos últimos 10 dias.

Manejo de caso suspeito
A orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo é que todo caso suspeito seja encaminhado, portando máscara cirúrgica, ao hospital de referência para avaliação clínica, isolamento, coleta de amostras biológicas e tratamento adequado.

O encaminhamento deverá ser para os seguintes hospitais de referência:

- Instituto de Infectologia Emílio Ribas/SP
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina - USP/SP
- Hospital das Clínicas da Unicamp / Campinas/SP
- Hospital Estadual de Bauru/SP
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
- Hospital São Paulo - Unifesp
- Hospital Guilherme Álvaro - Santos/SP
- Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP

Definição de caso em monitoramento
Os casos que não cumprirem definição de caso suspeito, mas que por precaução devam ser monitorados:

- procedentes de países afetados nos últimos 10 dias, que apresentem febre não aferida ou até o 38ºC e tosse acompanhados ou não de: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória; ou
- procedentes do exterior nos últimos 10 dias de países não afetados, apresentando febre de início súbito > 38°C e tosse associados ou não a um ou mais dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória.

ATENÇÃO!
Todos os casos suspeitos ou em monitoramento devem ser imediatamente notificados à Secretaria Municipal e à Central/CIEVS do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (0800 555 466), para que sejam desencadeadas as ações de vigilância e controle.

Manejo de Caso em Monitoramento
- Permanecer em isolamento domiciliar durante 10 dias (a partir da data do início dos sintomas) e realizar curva térmica, no mínimo três vezes ao dia. Durante este período, utilizar máscara cirúrgica descartável que devem ser trocadas quando umedecidas.
- A coleta de amostras clínicas será realizada quando disponível.
- Não frequentar local de trabalho ou escola e só sair de casa em situações de emergência.
- Cobrir nariz e boca quando tossir ou espirrar e lavar as mãos com água e sabão com frequência, principalmente após tosse ou espirro.
- Em caso de aparecimento de febre maior que 38°C e tosse, retornar imediatamente ao serviço médico para reavaliação e orientações.

Medidas de prevenção e controle em ambiente hospitalar
Devido à incerteza a respeito das formas de transmissão do vírus da Influenza A/H1N1, devem ser adotadas medidas de precaução respiratória para aerossóis e medidas de precaução para contato, por um período de 10 dias após o início dos sintomas, para os pacientes que preenchem a definição de caso suspeito.

Vacinação
Ainda não há uma vacina específica para esse novo vírus. Não há evidências que a vacina contra influenza sazonal tenha alguma proteção contra a influenza de origem suína.
Mas é importante salientar que os profissionais de saúde e os grupos de risco (pessoas com doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares, renais, hepáticas, com diabetes, com anemias hemolíticas e imunodeprimidos) sejam vacinados com a vacina contra influenza sazonal. Os profissionais de saúde devem ser vacinados para evitar a doença e não transmitir para os pacientes.

Os grupos de risco devem ser vacinados, também, contra o pneumococo para evitar complicações como a pneumonia e internação hospitalar.

Informações adicionais em: http://www.cve.saude.sp.gov.br


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