

CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
"O Cremesp e as entidades mantêm o compromisso com o verdadeiro cooperativismo médico" - Henrique Carlos Gonçalves

ESPECIAL 1 (JC pág. 3)
A reciclagem e a preservação ambiental passam a fazer parte do dia-a-dia do Cremesp

ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Cremesp e entidades médicas reiteram necessidade de mobilização nacional em defesa do PCCS no SUS

ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Acompanhe comentários do conselheiro Pedro Teixeira Neto sobre a mais recente publicação do Cremesp

ATIVIDADES 3 (JC pág. 6)
Esclareça suas dúvidas e acesse, com facilidade, os periódicos Capes

ATIVIDADES 4 (JC pág. 7)
Cremesp realiza planejamento estratégico e estabelece diretrizes para a atual gestão

ESPECIAL 2 (JC págs. 8 e 9)
Infecção Hospitalar - Levantamento inédito mostra irregularidades nos PCIH

ÉTICA (JC pág. 10)
O coordenador do departamento jurídico da Casa, Desiré Callegari, analisa a cirurgia plástica sob vários aspectos

GERAL 1 (JC pág. 11)
A trajetória profissional do médico anestesista Ayr de Almeida Gosch

ATIVIDADES 4 (JC pág. 12)
Cremesp realizou evento com palestras e discussões sobre o assédio sexual no exercício profissional

GERAL 2 (JC pág. 13)
Clóvis Constantino e Isac Jorge abrem este canal, que inclui a participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe

ALERTA ÉTICO (JC pág.14)
Veja o que dizem os pareceres do Cremesp sobre a ética na divulgação de exames e anamnese do paciente

GERAL 3 (JC pág. 15)
Confira a participação ativa do Cremesp em encontros realizados no ABC e no interior paulista

CFM (JC pág. 16)
As eleições para o Conselho Federal de Medicina acontecem nos dias 1º e 2 de julho

GALERIA DE FOTOS

ATIVIDADES 4 (JC pág. 12)
Cremesp realizou evento com palestras e discussões sobre o assédio sexual no exercício profissional
Cremesp discute o assédio sexual na atividade médica
Maria do Patrocínio, Silvana, Renato, Ieda, Mara e Stella
A questão do assédio sexual nos ambientes de trabalho do médico foi tema da 5ª edição do encontro A Medicina e a Condição Feminina, coordenado pela conselheira Ieda Therezinha do Nascimento Verreschi. O evento foi realizado na noite do dia 26 de março, na sede do Cremesp.
“Nos últimos anos, o Conselho vem recebendo uma quantidade crescente de denúncias de assédio sexual cometido por médicos durante o exercício de sua atividade. Nesse sentido, foi criado um grupo para estudar o assunto, com vistas a propor inclusive uma revisão sobre o tema no Código de Ética Médica”, afirmou Renato Azevedo, vice-presidente do Conselho.
Para falar sobre o tema, a professora titular de Antropologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Cynthia Andersen Sarti, apresentou a conferência O assédio e a ressignificação da autoridade nos tempos modernos, que tratou da dificuldade – ainda existente – em se falar sobre o assédio sexual e as condições pessoais e sociais que podem levar o médico a praticar tal ato.
“A iniciativa do Cremesp é muito importante porque permite discernir os casos sem fundamento daqueles que de fato acontecem – e que a gente sabe que ocorrem –, mas que antes os Conselhos de Medicina ignoravam”, comentou Cynthia. “Com este evento, mostramos que o Cremesp atua na real defesa da profissão, buscando garantir que apenas exerçam a função médica aqueles que estejam aptos para isso”, acrescentou.
A conselheira Ieda Verreschi, que apresentou a palestra Flash sobre Dra. Carlota Pereira de Queiroz – primeira mulher a se tornar deputada federal e que atuou em lideranças políticas e médicas entre as décadas de 30 e 60 – declarou: “Esse momento é uma oportunidade única de fazer com que o movimento de mulheres mostre como é capaz de analisar criticamente situações que ameacem sua integridade e de provocar esse diálogo na sociedade”.
Compuseram a mesa o vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, e as conselheiras Silvana Morandini e Maria do Patrocínio Tenório Nunes, além das convidadas Stella Maris Grespan, secretária de administração do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), e Mara Gandara, representante da Associação das Mulheres Médicas.
Após a apresentação das palestras, foi aberto espaço para debate entre os presentes.
Mulheres são maioria entre os novos médicos
Pelo terceiro ano consecutivo, o retrato da inscrição de novos médicos no Cremesp confirma uma mudança histórica: entre os 3.072 formandos que se inscreveram em 2008, 1.627 (52,96%) eram mulheres e 1.445, homens. Em 2007, dentre 2.449 novos registros, foram 1.319 mulheres médicas e 1.130 médicos. E, em, 2006, entre os 3.030 formandos, a predominância também foi feminina: 1.568 mulheres e 1.462, homens.
Já no conjunto dos médicos em atividade, dos 97.320 médicos inscritos no Cremesp em 2008, 38.227 eram mulheres e 59.043 homens. As mulheres representam 39,33% e os homens, 60,67%.
As séries históricas de registros do Cremesp mostram um aumento significativo da presença da mulher desde 1980. Naquele ano, o número de homens que concluiu o curso médico no Estado de São Paulo totalizou 1.506, contra 761 mulheres. Os homens representavam 66,43%.
Dez anos depois, em 1990, eram 1.298 homens contra 995 mulheres; a presença masculina caía para 56,61%. Uma década a mais, em 2000, os homens continuavam predominando, mas por uma margem de diferença menor.
Entre os 2.562 que concluíram o curso de medicina naquele ano e se inscreveram no Cremesp, 1.419 eram homens e 1.143, mulheres. Os homens predominavam com 55,39%.
A inversão nesse cenário ocorreu em 2006 (confirmada em 2007 e 2008) quando as mulheres passaram a representar 51,75% dos novos registros profissionais.
Para a diretora e conselheira Silvia Helena Mateus, essa tendência foi detectada há algum tempo e vem se acentuando nos últimos anos. “Da época em que cursei medicina, na década de 80, até hoje, o quadro se inverteu e as diferenças de oportunidade no mercado de trabalho vêm diminuindo. Isso faz com que as mulheres se sintam cada vez mais estimuladas a escolherem profissões antes predominantemente ocupadas por homens”, avalia.
A feminilização é uma tendência que parece irreversível entre os novos profissionais, mas a inversão, ou mesmo o equilíbrio de gênero, ainda deve demorar mais de uma década, embora em algumas especialidades médicas isso já ocorra.
Em São Paulo, dentre as 52 especialidades médicas oficialmente reconhecidas, os homens são maioria em 39 delas e chegam a ser dez vezes mais presentes em Ortopedia e Traumatologia e em Urologia. No entanto, as mulheres têm larga vantagem em Pediatria e Dermatologia, onde são, proporcionalmente, cerca de quatro vezes mais numerosas que os homens. As mulheres também são minoria em Medicina Legal e Medicina Esportiva, dentre outras especialidades.
Na avaliação das conselheiras do Cremesp, Ieda Verreschi e Maria do Patrocínio, o crescimento do número de mulheres atuando na área médica se deve às novas oportunidades no mercado de trabalho e às próprias características da personalidade feminina. “Essa mudança de perfil se deve ao aumento da demanda no campo da medicina, o que vem abrindo um espaço cada vez maior para a atuação das mulheres. Além disso, os serviços médicos lhes são atraentes porque cuidar e educar são qualidades inerentes ao sexo feminino e fundamentais no trato com os pacientes”, afirmaram.
Presidente Prudente debate saúde da mulher
Realizado na sede da Sociedade de Medicina de Presidente Prudente, no dia 5 de março, o Programa de Educação Médica Continuada abordou o tema Saúde Mental da Mulher com Câncer, com palestra apresentada pelo psiquiatra e conselheiro do Cremesp, Mauro Gomes Aranha de Lima. Na avaliação do conselheiro responsável pela região, Henrique Liberato Salvador, o encontro superou as expectativas e foi um sucesso de público.
“Aproximadamente 140 pessoas, entre médicos, autoridades municipais e representantes de entidades ligadas à saúde da mulher, prestigiaram o evento. Em função da excelente receptividade para o programa do Cremesp, em abril discutiremos a saúde do idoso na região”, afirmou Salvador.