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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
"O Cremesp e as entidades mantêm o compromisso com o verdadeiro cooperativismo médico" - Henrique Carlos Gonçalves


ESPECIAL 1 (JC pág. 3)
A reciclagem e a preservação ambiental passam a fazer parte do dia-a-dia do Cremesp


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Cremesp e entidades médicas reiteram necessidade de mobilização nacional em defesa do PCCS no SUS


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Acompanhe comentários do conselheiro Pedro Teixeira Neto sobre a mais recente publicação do Cremesp


ATIVIDADES 3 (JC pág. 6)
Esclareça suas dúvidas e acesse, com facilidade, os periódicos Capes


ATIVIDADES 4 (JC pág. 7)
Cremesp realiza planejamento estratégico e estabelece diretrizes para a atual gestão


ESPECIAL 2 (JC págs. 8 e 9)
Infecção Hospitalar - Levantamento inédito mostra irregularidades nos PCIH


ÉTICA (JC pág. 10)
O coordenador do departamento jurídico da Casa, Desiré Callegari, analisa a cirurgia plástica sob vários aspectos


GERAL 1 (JC pág. 11)
A trajetória profissional do médico anestesista Ayr de Almeida Gosch


ATIVIDADES 4 (JC pág. 12)
Cremesp realizou evento com palestras e discussões sobre o assédio sexual no exercício profissional


GERAL 2 (JC pág. 13)
Clóvis Constantino e Isac Jorge abrem este canal, que inclui a participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe


ALERTA ÉTICO (JC pág.14)
Veja o que dizem os pareceres do Cremesp sobre a ética na divulgação de exames e anamnese do paciente


GERAL 3 (JC pág. 15)
Confira a participação ativa do Cremesp em encontros realizados no ABC e no interior paulista


CFM (JC pág. 16)
As eleições para o Conselho Federal de Medicina acontecem nos dias 1º e 2 de julho


GALERIA DE FOTOS



Edição 258 - 04/2009

ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)

Acompanhe comentários do conselheiro Pedro Teixeira Neto sobre a mais recente publicação do Cremesp


Opinião do conselheiro

Cuidar da vida

Pedro Teixeira Neto
Conselheiro do Cremesp

A Medicina, profissão que mais envolve sentimentos, tem o humanismo à flor da pele. O Cuidado Paliativo, quase uma nova especialidade médica no Brasil, avança em ritmo acelerado rumo à humanização em tempos de alta tecnologia, que tende a distanciar o médico do paciente.

É uma ciência que trata da finitude da vida e da fragilidade do ser humano. Enxerga a morte como parte da vida, num processo natural. Esse trabalho é bem realizado quando em equipe multiprofissional, a partir de interfaces com a enfermagem, a psicoterapia, a fisioterapia, a fonoaudiologia, a terapia ocupacional, a nutrição, o serviço social, a odontologia e a farmácia. Vale lembrar que a assistência espiritual também tem enorme importância nesse processo. Afinal, a medicina caminha junto com a espiritualidade, e estudos têm demonstrado que a fé pode trazer efeitos benéficos.

No livro Médico de Homens e de Almas, de Taylor Caldwell, Lucas observou que maus humores mentais podiam ferir somaticamente, e a fé, às vezes, realiza o impossível.

Hoje a Organização Mundial da Saúde considera a espiritualidade para avaliar saúde e qualidade de vida. Thomas Mann, no livro A Montanha Mágica, ensina: “A enfermidade prepara a pessoa com finalidade de adaptá-la a si própria. Há diminuição das sensibilidades, narcoses, medidas da natureza para dar-nos alívio”.

Segundo a doutora Maria Goretti Sales Maciel, o paliativista não interfere na natureza, mas cuida para não atrapalhar. Tendo como premissa que o tratamento não deve oferecer mais desconforto do que a própria doença, cuidado paliativo é uma ciência centrada no paciente, que se vale de técnicas especiais de administração de medicamentos, visando diminuir o desconforto. Além disso, envolve profundamente os familiares, uma vez que esses são indispensáveis para a compreensão da terminalidade da vida.

Dessa maneira, podemos entender que o Cuidado Paliativo não está voltado para a cura distante, mas para o alívio dos sintomas, esses, sim, atingíveis e importantes para um fim confortável e aceito. O foco deixa, então, de ser a doença e passa a ser o doente, com objetivo de oferecer qualidade de vida, com ações que ofereçam conforto físico e psicossocial, acolchoando o sofrimento, com vistas a uma morte aceita. É contra o uso de medidas salvadoras, desprovidas de sucessos, realizadas, quase sempre, nas Unidades de Terapia Intensiva e conhecidas nos Estados Unidos como futilidades médicas.

João Paulo II - Evangelium Vitae (Cuidados Paliativos, pg. 615) disse: “A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana diante da morte”. Pouco tempo depois, o Papa, em fase terminal, recusou sua hospitalização, para morrer em casa, dando um exemplo de dignidade para o mundo.

No Brasil, existem poucos centros especializados em Cuidados Paliativos. É preciso incrementar essa área, sobretudo porque as pessoas estão vivendo mais. Recentes dados do Censo, ainda em andamento no IBGE, sinalizam para uma redução da taxa de fecundidade e aumento da longevidade. A população vê, assim, crescerem suas necessidades especiais.

Cumpre às escolas médicas atentar para a formação desse profissional humanista, de importância sem par. É preciso discutir ações, promover debates, fornecer informações sobre o tema. A importância da formação e capacitação de equipes multiprofissionais voltadas para esse trabalho é vital para implantar o Cuidado Paliativo nas políticas públicas de saúde. É premente implementar essa ferramenta poderosa no Sistema Único de Saúde. Como fazer, é um desafio a superar.

O livro Cuidado Paliativo, publicado pelo Cremesp, sob a coordenação de Reinaldo Ayer de Oliveira, na verdade um tratado, aborda o tema terminalidade da vida e dá um norte ao país.


Lançado livro Cuidado Paliativo

Os dois anos e meio de empenho e dedicação a uma obra pioneira, por parte de cerca de cinco dezenas de autores, valeram a pena. De maneira rápida, o livro Cuidado Paliativo se transformou em sucesso editorial do Cremesp, tornando-se conhecido por profissionais – e alunos – atuantes em várias áreas da saúde. Antes mesmo do lançamento oficial, realizado no dia 19 de março, na subsede da Vila Mariana, a primeira edição já se encontrava praticamente esgotada.

Quem prestigiou o evento já recebeu seu exemplar. Mas os que não conseguiram a 1ª edição devem esperar pela próxima, cujo lançamento está programado para breve. “Este livro, brilhantemente coordenado pelo conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira, deixa claro que o Conselho tem primado por afastar sua imagem de entidade meramente cartorial. Abre, inclusive, suas portas para outras categorias da saúde, além da médica”, ressaltou o diretor 1º secretário do Cremesp, João Ladislau Rosa, que presidiu a mesa oficial do lançamento, representando o presidente Henrique Carlos Gonçalves.

As palavras do conselheiro vão ao encontro do objetivo do livro, que em sua apresentação, reconhece: “o médico não é um profissional isolado ou o único a responder pela atenção prestada aos pacientes. É um dos participantes de uma equipe multidisciplinar em que cada qual desempenha uma função particular e valiosa”. Além de profissionais da medicina, compuseram o corpo de autores psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais, entre outros.

Também compuseram a mesa principal do evento Jarbas Simas, delegado superintendente da Delegacia Metropolitana do Cremesp, que representou a Associação Paulista de Medicina (APM); Cid Célio Jayme Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp); e Maria Goretti Sales Maciel, representando a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP); além de Reinaldo Ayer de Oliveira, conselheiro do Cremesp e coordenador institucional da obra.

Consulta
A publicação Cuidado Paliativo presta-se basicamente a ser um livro de consulta,  a respeito de um assunto que vem adquirindo, a cada dia, relevância maior no país. São 689 páginas divididas em seis blocos – Introdução, Ações, Controle de Sintomas, Espiritualidade, Morte e Luto, Aspectos Conceituais e Anexos – com capítulos variados, como Definições e Princípios; Comunicação; Multidisciplinaridade e Interdisciplinaridade; Higiene e Conforto; Dor e Espiritualidade, entre dezenas de outros.

Abertas as inscrições para bolsas de pesquisa em Ética Médica

As inscrições para o Programa de Bolsas de Pesquisa em Ética Médica do Centro de Bioética do Cremesp – destinado aos alunos do 2º ao 5º ano de medicina, ou que estejam cursando do terceiro ao décimo semestre da faculdade – vão até o dia 29 de maio. O projeto concederá aos autores escolhidos bolsas de R$ 424,80, durante um período de dez meses. O valor é o mesmo da bolsa de iniciação científica da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo/Fapesp.

Como solicitar a bolsa
A proposta deve ser apresentada em formulário apropriado – encontrado na página principal do portal do Cremesp, link Bolsa de Pesquisa, item Inscreva-se e, posteriormente, encaminhada ao Centro de Bioética do Cremesp/Comissão de Pesquisa em Ética Médica, Rua Domingos de Morais, 1810, Vila Mariana, CEP 04010-200, São Paulo. Os formulários podem também ser entregues nas Delegacias Regionais do Cremesp da Capital e do Interior.

Outras informações podem ser obtidas no endereço da Internet; pelo e-mail do Centro de Bioética (cbio@cremesp.org.br) ou pelo telefone (11) 5908-5647.


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