Quem Somos
60 anos de trajetória do Cremesp
Ao longo de seus 60 anos de trajetória, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) sempre lutou incessantemente por melhores condições de saúde e assumiu posicionamentos pioneiros no debate e regulamentação de temas que impactavam a vida do médico e da sociedade.
O Cremesp sempre atuou ativamente para melhores condições de saúde da população e de trabalho para os médicos, desde sua luta contra a ditadura e a favor das “Diretas Já”, durante a década de 1980, até a defesa do Ato Médico, que resultou na aprovação da Lei 12.842, em 2013.
História
Diante da conjuntura repressiva da Ditadura Militar, lutou contra a precarização do ensino e dos serviços de saúde, apoiou as greves de médicos e atuou na defesa dos direitos humanos com a proibição do envolvimento dos médicos em atos de tortura. Mais tarde, com outros setores da sociedade civil, em 1983, viria a se engajar na campanha pelas “Diretas Já”.
Entre 1979 e 1988, intensificou a participação nas reivindicações da categoria sobre a conduta ética, com ênfase nos direitos do paciente, dando início à descentralização da entidade, mantendo-se firme na posição antiditatorial e com participação ativa na criação do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Na década de 1990, o Cremesp iniciou as discussões sobre a qualidade do ensino médico, devido à proliferação de escolas de Medicina no país – bandeira esta que defende até hoje. O Exame do Cremesp, destinado aos alunos do último semestre de Medicina, avalia, desde 2005, a qualidade do ensino médico do Estado de São Paulo.
Em 2009, aprovou a Resolução 208 que normatiza o atendimento médico a travestis, transexuais e pessoas que apresentam inadequação ao sexo biológico, garantindo ao paciente o direito de usar o nome pelo qual prefere ser chamado, independente do nome que consta no registro civil. Em 2014, foi regularizado o uso do Canabidiol, no Estado de São Paulo, para epilepsias mioclônicas graves do lactente e da infância, refratárias a tratamentos convencionais.
Mais de mil médicos foram às ruas no centro da Capital durante passeata realizada pelo Cremesp em 2013, em repúdio à contratação de profissionais formados fora do Brasil sem realizar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas, o Revalida, para integrar o programa Mais Médicos.
A batalha em favor do Ato Médico resultou na aprovação da Lei 12.842, também em 2013, proporcionando mais clareza legal sobre quais devem ser os atos praticados exclusivamente por médicos.
Publicação
Para celebrar os primeiros 60 anos da história desse Conselho, foi publicado o livro Cremesp 60 anos - Valores, atitudes e desafios que é um registro, ainda que parcial, da construção deste Conselho e de seu histórico de batalhas que se estendem para além do universo dos médicos e médicas e alcança toda a sociedade, a quem serve a Medicina e o Cremesp.